sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Em Novembro

Comentei Nós e as Moscas,  
do amigo Jaime, assim. De repente, 
nem licença pedi. 
Vejam o que ele fez. 
 
                             
           Ora, Jaime,
           Web Summit!
           IA!
           Deu-me na pinha.

                        A manada desclassificada
                        en_ca_mi_nha – se,
                        mansamente!!!,
                        para a degola...
                        Enfim, lentamente…

                                                   A fralda humana é
                                                   malcheirosa?,
                                                   Fatalmente plastificada?
                                                   Descartável, portanto.

                                                                          Por tanto não é nada.
                                                                          O tanto é um robot!

                                                                                                 hajota




http://larajacinto.com/






Em Novembro há um fervor secreto
que se instala entre o sol e a sombra
A humidade ressuma do aparente inorgânico
e estala uma trip alucinogénica
Surpreendem-se os olhos cansados de luz
quando a germinação de ácido se faz
na antecipação dos dias minguados
Antes que chegue o solstício esterilizador
a sofreguidão no seu natural multiplica cores
no assalto ao cinzento das meninges

hajota

32 comentários:

  1. Brilhante.
    Fiquei feliz por te ter inspirado.
    Um abraço e bom fim de semana, caro amigo Agostinho.

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  2. Quando se juntam dois Poetas sai mesmo poesia.
    O poema do JP é critico e reflexivo, e o comentário/poema está muito bem conseguido.
    O poema do hajota é mais soft e inspira uma calma entre as mataforas e o cinzentismo de Novembro.
    Está também de parabéns a Lara pela excelente foto.
    Bom final de semana.
    beijinhos
    :)

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  3. E não é tão simples sentir apenas o Vento...
    Lindo...
    Beijos e abraços
    Marta

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  4. Oi Hajota!
    Fazia bastante tempo que não vinha por aqui, estive um tempo fora da internet mas, agora ando novamente visitando os amigos.
    Sincronia perfeita.
    Abrçs

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  5. Dois trabalhos belíssimos que se complementam muito bem... sobre a manada, da espécie humana, que pouco humanismo pratica... mas já pretende fabricar humanóides... e responde a estímulos descabidos...
    Estão ambos de parabéns, o Jaime e o Agostinho, que nos deram um fiel retrato... da estranha bicheza, que há em nós... que vive em manada... ainda que cada um, cada vez mais voltado e centrado em si mesmo... também com a ajuda, e o apelo das novas tecnologias...
    Web Summit... houve alguém que definiu tal evento, como uma feira, na qual vieram vender pentes a carecas... :-D
    Belíssima a imagem!...
    Beijinhos! Bom fim de semana!
    Ana

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  6. Estes Poetas (meus amigos) estão a ficar cada vez mais requintados, mais complexos... Muito bem!

    Beijinho

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  7. Muito interessante o poema do Jaime,
    deveras original o comentário do Aqostinho
    ao fast food e a tudo o que é
    descartável, e anda tão em voga...

    Com este Novembro, de sol e sombra sem chuva,
    termina em beleza uma espera do solstício
    que nunca tarda nem falha,
    e assim se vai poetando
    em belas palavras a que chamarei:
    « boa malha»...

    Beijinhos, amigo Agostinho!

    (A casinha no meio de nenhures, está linda.)

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  8. "olhos cansados de luz" e atulhados de acontecimentos, que nos esganam!
    o "Espectáculo" no seu esplendor!

    belo e "informado" texto.

    abraço, caro Agostinho

    (na passada vou ler o Jaime)

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  9. Reacções químicas, caro Agostinho. Na mão ou em contra-mão.
    Muito bom!

    Abraço

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  10. O tempo despe-se e veste-nos. Gostava de ter palavras-web na tentativa de definir esta roupagem que alerta. E desperta? Se assim não fosse, porque os ramos cilindrados de nudez nos atraem, não atraindo? Cinza também será luz como o cinzento das manadas de JP são poesia.
    Parabéns Agostinho por este belíssimo encadeamento
    Beijo! *

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  11. O RAP chamava-lhe uma cimeira para totós.
    Que foram todos jantar ao Panteão.
    Aquele abraço, boa semana

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  12. Traduz-se um encontro em palavras em versos de dois caminhos a se entrecruzarem, tal como a vida cheia de suas nuances. Lindo encontro! Um abraço

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  13. Em Novembro calamos as palavras para não magoarmos a luz que se faz rio no olhar. Os "dias minguados" deixam os crisântemos cada vez mais brancos...
    Gostei do diálogo com o Jaime.
    Uma boa semana, meu Amigo Agostinho.
    Um beijo.

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  14. E quando os sentires se cruzam a poesia ganha alma nova. Espectacular! Adorei. Boa semana e beijos com carinho

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  15. Este Novembro frio, não gosto. Mas gosto do poema e do blogue.

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  16. Mais um poema denso e bem alinhado, desta vez sobre o Outono e o seu mês mais caracterizador, Novembro... Para o comentar vou usar um parágrafo extraído de um prefácio de Mário Sacramento a uma obra poética que ando a ler:
    "Para chegar à nudez autêntica dum renascimento, o poeta tem de dizer adeus às 'palavras comboios'. Tem de despojar-se do que o hábito e a inércia sacralizaram. De negar, primeiro, que cidade rime com liberdade. Mas de negar, também, que estrela rime com cela, pois não é bom lugar-comum o lugar-comum em literatura(...) Já não basta que o poema seja o estrídulo uivar do vento, sempre igual e repetido, contra a 'cidade calafetada'. Para ser 'um violino entre um obus e a morte', a melodia tem de inovar, atenta ao gesto que em linguagem se volve."
    Acho, Agostinho, que os teus poemas são exemplos do que pretende o consagrado crítico e ensaísta.

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  17. Divina inspiração. Quando o talento se solta acontecem as publicações perfeitas. Gostei muito.
    .
    { Suporta o coração a ilusão, o ódio, o desamor }
    .
    Deixo cumprimentos e os votos de uma Quarta-Feira muito feliz.
    .

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  18. E o desejo da presença 'não presencial' me faz voltar a este 'Mundo' maravilhoso do Agostinho.
    Quisera ter palavras possíveis para dizer o quanto gosto dos poetas que me trazem um vento nesse novembro_ que se 'instala entre o sol e a sombra' mais sol que sombra rs
    Aos dois a minha grande admiração.
    Fica o abraço

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  19. Neste Novembro parece haver de tudo, coisas que nos perturbam pela extravagância ou pela beleza.

    Sempre um homem de palavras certas, Agostinho!

    Beijos

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  20. Passei para ver as novidades.
    Mas gostei de reler o teu magnífico poema.
    Bom fim de semana, caro Agostinho.
    Abraço.

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  21. Passando a deixar um beijinho, votos de uma excelente semana... e aproveitando para reler este magnífico post, bem assertivo...
    Tudo de bom!
    Ana

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  22. Boa tarde, belo poema, quando assim o é, são todos os meses e todos anos.
    Abraço
    AG

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  23. Um encontro de dois excelentes Poetas.
    Eu os admiro poeticamente e na bela humanidade
    de cada um.
    O novembro descrito na tua poética, Agostinho,
    tem esta luz que liga as palavras ao caminho
    do encantamento que fica nos olhos na nossa leitura.

    Votos de dias felizes!
    Beijo.

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  24. Voltei para ver as novidades.
    Aproveito para te desejar um bom fim de semana.
    Um abraço.

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  25. Vim te ver e também essa casinha no meio do campo, solitária.
    Ah, que beleza morar no campo.
    Adoraria!
    Desejando um fim de semana feliz Agostinho ,
    deixo um abraço

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  26. OI AGOSTINHO!
    PASSANDO PARA TE DESEJAR UM BELO FINAL DE SEMANA.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  27. Passando a deixar um beijinho, e os meus votos de uma boa semana... enquanto me vou ausentar por uns diazitos da net... com a minha mãe a recuperar de uma pequena cirurgia... uma catarata... sem ser do Niágara... :-))
    Até já!...
    Ana

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  28. Continuação de boa semana, caro amigo Agostinho.
    Um abraço.

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  29. Há um tempo para chilrear, como se tudo esperasse por nós, como se nada fosse acabar.
    Há um tempo para conquistar, como se o mundo fosse conquista, terra brava por desbravar.
    Há um tempo para meditar, quando o grito se esvai nas mãos, quando tudo parece acabar.

    Grande abraço, Agostinho

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  30. Não sei até quando haverá resistentes às manadas...
    Gostei imenso destes momentos.
    Bjo, Agostinho

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