A todos os amigos e seguidores deste blogue desejo as maiores felicidades nas suas vidas pessoais e familiares, especialmente nesta quadra festiva de Natal e Ano Novo.
Natal quêbê
Natal quanto baste a cada um!
É melhor todos terem algum
Do que não haver nenhum
Que o Homem veja o que faz
Para que se conserve a Paz
hajota
Adorando andorinhas
tão antigas as memórias
nozes bolos avó com tempo
e carrapito preto preso ao gancho
de tartaruga (plástico não havia)
o glaucoma embaraçado no fumegar do chá
As vidraças embaciadas
e a gente entretida a doces marmeladas
abria folhas a dedo
na tarde deformada lá fora
quando no beirado os ninhos já
gelados de saudade dos bicos o barro
o bairro inteiro desabituado devoluto
carente de acrobacias os voos picados
do céu à calçada rasantes
que se alevantava
que se alevantava
até ao poiso no cobre que morria
na janela da sala deslumbrada
os olhos ainda as seguem na imaginação
hajota
hajota