O Novo Mapa
Judiciário é que está a dar, com a Ministra da Justiça orgulhosa da sua obra, mas a Ordem dos
Advogados não fez “like”, antes pelo contrário, apresentou uma queixa-crime
na Procuradoria-Geral da República contra membros do Governo invocando o art.º 9.º da Lei 34/87 - Crimes de responsabilidade dos titulares de cargos políticos.
A reforma da
Justiça está feita? Confesso que quando vir tudo a funcionar poderei até
aplaudir a dita reforma. Para já prefiro esperar.
Pelo que se
tem visto, a implementação de reformas, desburocratizações, simplificações e
outras formas de mudar a cor às paredes, carpetes e etc. (muito grande, inclui
as negociatas de estudos, fornecimentos, empreitadas e mais etc.), resultam em complicações
graves e distribuição de bodo.
Toda a gente
percebe a necessidade de reformas, para que o progresso não fique tolhido, mas
parece-me haver um mal em Portugal, porventura congénito, que é a
"necessidade" inscrita na agenda dos protagonistas da política perpetuarem
o seu nome numa estória, julgando ficar na História.
Que Estado é
o nosso que, tendo recursos patrimoniais que nem o próprio Governo conhece, coloca centros de saúde em
apartamentos residenciais, repartições de finanças e tribunais em vãos de
escada, esquadras policiais em ruínas... E até adquire terrenos a particulares
para construir e edifícios onde depois derrete €€€ que não tem em obras de adaptação?
Depois
deitam foguetes, fazem festa, muito orgulhosos do lustro obtido. Não reparam,
ou não querem ver, que continuamos a ser um país de pelintras, com uma elevada percentagem de carenciados, com menos cores salazarentas, é certo, já passaram quatro décadas, mas continuamos com uma saúde oral péssima, um bom indicador para se aquilatar do estado da nação. Basta sair à rua e conferir. Será esta uma das razões para que os portugueses sejam tão sisudos? Era suposto
que, com o “progresso” proclamado, já não o fôssemos.
Para acabar, para aliviar o nó, pergunto por que razão a OA não apresentou queixas de idêntico teor em ocasiões anteriores, tantas têm sido as tropelias do poder?