Os de Alexandria,
Com as suas mãos finas
E suas batinas
De carvão de coque,
Dizem-me que toque.
Ruy Cinatti, O Livro do Nómada Meu Amigo,
1.ª estrofe de Sinal dos Tempos
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A escória dos mas atravanca-lhe os espaços
onde ousa em liberdade imolar-se
O poeta voa na dúvida mas
quem se sujeita a asas tem
o destino de sonhar rente às lágrimas se
as nuvens precipitam punhais
O poeta voa na dúvida até
quando mergulha em transe no som
da imaterialidade dos dedos queimados
no vazio da luz branca dos dias
Sobrevém-lhe o cansaço lasso lavado a sal
de condenado sem dúvida ao eclipse do sol
de condenado sem dúvida ao eclipse do sol
hajota