Os de Alexandria,
Com as suas mãos finas
E suas batinas
De carvão de coque,
Dizem-me que toque.
Ruy Cinatti, O Livro do Nómada Meu Amigo,
1.ª estrofe de Sinal dos Tempos
http://larajacinto.com/ |
A escória dos mas atravanca-lhe os espaços
onde ousa em liberdade imolar-se
O poeta voa na dúvida mas
quem se sujeita a asas tem
o destino de sonhar rente às lágrimas se
as nuvens precipitam punhais
O poeta voa na dúvida até
quando mergulha em transe no som
da imaterialidade dos dedos queimados
no vazio da luz branca dos dias
Sobrevém-lhe o cansaço lasso lavado a sal
de condenado sem dúvida ao eclipse do sol
de condenado sem dúvida ao eclipse do sol
hajota
Os mas são sempre um problema.
ResponderEliminarEquivalentes em significado ao pois, Agostinho.
Servem para tudo e para nada.
Aquele abraço
Há sempre dúvidas, mas as palavras do poeta estão sempre escritas no eclipse do sol... Porque há sempre beleza....
ResponderEliminarBonito...
Beijos e abraços
Marta
P.S.: Estarei ausente uns dias.
Mas que satisfação ter voltado aqui!
ResponderEliminarSe a "adversativa" o fez fazer este tão belo poema...
Os voos do poeta, Agostinho, são quase sempre tão solitários que neles se desenham a sede e as lágrimas e se sublinha o sentido dos sonhos. Porque a Poesia é um lugar de liberdade, mesmo quando o poeta mergulha "no vazio da luz branca dos dias" e se perde a sulcar a memória...
Um beijo.
H+a poetas que não querem salvar o mundo
ResponderEliminarsó ajudar
sem verdades absolutas
Abraço poeta
Adversa, adversária, adversativa, adversidade, adversatividade...
ResponderEliminarA família que se opõe.
Muito belo, este lamento triste de uma liberdade que se conquista
com muito sofrimento...
Triste do Poeta que sujeita o seu canto ao desejo de imortalidade
ou sucesso, penso eu.
~~~ Abraço ~~~~~~~
Boa tarde!
ResponderEliminarA liberdade vem sempre acompahada de luutas
de um preço... mas sempre valerá o valor.
amei seu blogger e vou seguir-te!
um abraço!
http://voo-de-liberdade.blogspot.com.br/
O Agostinho chega assim pausadamente, MAS traz-nos os "punhais" das "nuvens" transformados em metáforas!
ResponderEliminarBendito condenado dos dias é este poeta!
Parabéns!
beijinho
Muito bom, Agostinho!! Mas difícil! Tive de ler duas vezes atentamente e..., ou melhor, mas....
ResponderEliminarMas gostei da harmonia. Muito bom!
o desassossego
ResponderEliminaros trilhos do poeta
as lágrimas
o sabor de sal...
muito bem Poeta!
beijinho
:)
Gostei muito.
ResponderEliminarSem saber estou em consonância consigo. Irá perceber.
Bj. :))
Hola te envio mi blog de poesías por si quieres mirarlo gracias
ResponderEliminarpasare mas veces por aquí
besos
http://anna-historias.blogspot.com.es/2016/08/los-pasos.html#comment-form
Gracias
Agostinho,
ResponderEliminarUm poema muito belo na sua densidade, nas linhas paradoxais das
dúvidas existenciais, mas o caminho, a vida e a poesia sempre
um começar, recomeçar em eclipses do sol e na sua força plena
de luz (sol)...
Aprecio muito o seu caminho poético e também os seus comentários
no meu blog, com uma leitura atenta acompanhada de comentário
de qualidade.
Muita luz e paz, caro poeta.
Bj.
Também voltei ao teu Mundo Grande, desatando as palavras que as reinventas em mais um poema extraordinário, pois "quem se sujeita a asas tem/ o destino de sonhar rente às lágrimas se/
ResponderEliminaras nuvens precipitam punhais. Belo poema, meu caro poeta!
Abraços,
"mas" é sempre uma advertência, o olhar o "outro lado", exercício de inteligência e de sensibilidade sem o poeta se demite do seu "destino de sonhar rente às lágrimas"
ResponderEliminaro poema será "retórica", mas não luminosidade...
gostei muito, Poeta.
abraço, caro Agostinho
Caro Agostinho, é num momento inexplicável de inspiração
ResponderEliminarque nasceu um poema como o seu. Parabéns.
Um abraço.
Entrando apenas para trazer-te um sorriso e uma estrela nas asas do meu carinho, querido amigo, enquanto a poesia ainda me perdura nas asas a incerteza de uma volta...
ResponderEliminarUm Poeta tem sempre a liberdade de sonhar, mesmo quando os mas tentam impedi-lo.
ResponderEliminarTenho pena de não conseguir verbalizar como merece, o que sinto.
Um beijinho
O mas... e o se... que tanto nos inquientam e desinquietam... também são uma fonte de inesgotável assunto... para os poetas...
ResponderEliminarNestas pequeninas palavras encontram-se todas as possibilidades... e na possibilidade... tudo mora...
Pequenas palavras... que tanto servem de inspiração... como de alavanca... ou travão...
Dá que pensar...
Como sempre um poema brilhante... e que nos oferece muito sobre o que reflectir...
Beijinho! Continuação de uma óptima semana, Agostinho!
Ana
OI AGOSTINHO!
ResponderEliminarMAS, QUANDO O POETA USANDO AS ASAS DA IMAGINAÇÃO VAI ÀS LÁGRIMAS, SURGE, ALGO LINDO, COMO AQUI SE LÊ.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Quem nunca tem dúvidas, farta-se de se estatelar.
ResponderEliminarMas os mas não podem estar sempre no horizonte, de contrário não damos uma passo. E nem sequer nascem excelentes poemas como este.
Parabéns por mais esta pérola poética.
Agostinho, tem um bom fim de semana.
Abraço.
Num tiquinho de tempo e nas asas do vento estou a deixar-te sorrisos e estrelas para enfeitar o teu final de semana...
ResponderEliminarDesejo-te um feliz mês de Setembro,fica bem,tudo de bom!!
ResponderEliminarBoa tarde, o poeta tem a liberdade de sonhar e escrever o que idealiza.
ResponderEliminarResto de boa semana,
AG
Agostinho, olá!
ResponderEliminarAqui chego e vejo linhas poéticas extraordinárias, sendo que o tempo parou aqui: "quem se sujeita a asas tem | o destino de sonhar rente às lágrimas" ...
Um abraço, amigo poeta.