Dorme descuidado o peito e repousam os pensamentos graves.
Holderlin, Poemas, 1.º verso de Ócio - Ed. Relógio d'Água
David Hockney, Hotel Acatlan, Second Day |
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o
Há vozes desconexas sem face,
sons avulso sem relação,
filamentos como penugem a esvoaçar
em contraluz crepuscular
sem a brusquidão dum arrepio,
preguiçosamente, em harmonia,
preguiçosamente, em harmonia,
um bailado de linhas,
um esboço de rosto
traçado a carvão de agosto
Antes das sombras linhas antes das linhas pontos,
depois, insinuam-se na ideia
da noite, consistentemente,
e adquirem densidade suficiente,
passam a reais, para lá do aparente
a linhas
hajota
E há um retrato...Um rosto... Um sorriso.... Um gesto...
ResponderEliminarNessas linhas, nesses pontos...
Lindo
Beijos e abraços
Mart
Fala-me Poeta
ResponderEliminaragora, de um voz conexa
Fala-me com nexo
sobre o recomeço
nas linhas, também reais
do horizonte
Linhas que muito agradaram estas do Agostinho.
ResponderEliminarGrande abraço!
poema elaboradíssimo (a simplicidade não é fácil).
ResponderEliminare muito belo em sua distinta sofisticação literária.
"invejável" Poema, meu amigo
forte abraço, Agostinho
Retenho-me nos pontos, nas linhas, nas sombras, na noite, para encontrar o caminho que vai dar à versão de um rosto. Um rosto com Agosto inscrito no olhar quando o crepúsculo se alonga até ao fascínio de um silêncio mais que perfeito...
ResponderEliminarGostei muito do poema.
Um beijo, meu amigo Agostinho.
Foi um Agosto que carbonizou tanto...
ResponderEliminarE encontrei tantos filamentos negros a pairar a contraluz...
Porém, este poema fala da composição do retrato de um rosto,
na sua génese de linhas e pontos...
Muito abstrato e geométrico...
Perfeito e frio...
~~~ Abraço, amigo. ~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
rostos que desfilam Agosto
ResponderEliminare ficam entre_linhas
em linhas
ou no A_linhas
por vezes na noite são pontos
finais
ou não
quase sempre ficam na areia
e
sem virgulas, nem acentos
abstracto, para quem quiser...transparente para quem ousar
ir além das letras
que o Poeta dedilhou numa sinfonia perfeita...que pode dar hip hop
ou não
beijos
;)
Muito lindo o desenho e o poema,tudo muito perfeito!! Boa madrugada e feliz quinta-feira!!
ResponderEliminarA ver estas linhas
ResponderEliminartento adivinhar um rosto
no equilíbrio da assimetria
Ponto
Abraço
E somos infinitesimalmente pequeninos :)
ResponderEliminarBonito poema!
bjs
Obrigada pela tua visita no meu blogue,desejo-te também um dia muito glorioso e uma excelente semana!!
ResponderEliminarAos amigos da Leninha (blog MULTIPLICIDADE DE MIM – http://helena.blogs.sapo.pt), peço que passem pelo seu blog para se inteirarem de uma notícia.
ResponderEliminarGrata
Aninha
Boa tarde, maravilhoso poema com um perfeito bailado de linhas.
ResponderEliminarResto de boa semana,
AG
Inspirador, cuando la creación cobra vida tal cual el creador..el artista 😊
ResponderEliminarUn beso grande
as linhas da palma da mão
ResponderEliminare aquela, do horizonte, quando o sol se põe
um abraço, Agostinho
Linhas no bordado das horas, linhas (das mãos)do destino,
ResponderEliminarlinhas dos pensamentos a construir as idéias, a poesia
e a inspiração.
Um poema nas linhas do espaço da excelência, Poeta!
Bjs.
Parabéns, caro Agostinho pelo seu ótimo poema,
ResponderEliminarque contém versos como estes:
“filamentos como penugem a esvoaçar
em contraluz crepuscular”
Um abraço.
Maravilha de rendilhado de palavras - uma vez mais. Muito lindo! De cristal...
ResponderEliminarBeijinhos, poeta!!
A_linhei, neste difícil poema para mim, e quase que vislumbrei entre linhas e pontos, um rosto.
ResponderEliminarUm beijinho Agostinho ;)
Amigos meus e da Leninha: apenas para agradecer por todas as demonstrações de afetividade manifestadas no seu blog e pela solidariedade a mim e toda a nossa família.
ResponderEliminarEstamos bem, dentro do possível. A Leninha postou uma mensagem lá no seu espaço, e quero dizer que ela visitará a todos oportunamente, apenas o tempo de se organizar nesta nova vida que a espera.
Nosso carinho a todos, e nossa gratidão a cada um.
Aninha
Poema de difícil interpretação.
ResponderEliminarMas gostei, nomeadamente pelas excelentes imagens poéticas que foste desenhando.
Agostinho, bom resto de domingo e boa semana.
Abraço.
Cada vez mais bem a_linhadas estas tuas cavalgadas, Agostinho! Já te disse (e repito) que admiro em ti a profundidade, a subtileza, o acerto na escolha das palavras. E também manejas o trocadilho com mestria. Parabéns!
ResponderEliminarPS: A tua longa pausa fez-me descuidar nas visitas. Vou voltar a estar à coca... Abraço.
Antes das linhas
ResponderEliminarantes dos pontos
baila o poema
na ponta dos teus dedos.
Belíssimo!
Beijinho
Uma imagem rica em detalhes, cores vibrantes, luzes, sombras, rostos, movimento, tudo em perfeita combinação com a escrita, contudo, a cada instante em que é lida, há um sentir diferente...
ResponderEliminarBeijinhos Agostinho, com dias felizes e ensolarados.
OI AGOSTINHO!
ResponderEliminarE POESIA PRECISA SER ENTENDIDA? NÃO, PRECISA SER SENTIDA.
ARREPIOU AMIGO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Aos amigos queridos: deixei um pequeno mimo no meu blog como agradecimento por toda a solidariedade que recebi nestes tempos tão difíceis.
EliminarQuando puderem, por favor, passem por lá!
Meu carinho a todos!
Helena
Belo poema. Parabéns!
ResponderEliminarJá ando de linha em linha à procura de um poema neste espaço...
ResponderEliminarUm beijo.
Um poema de difícil interpretação de facto, Agostinho...
ResponderEliminarInterpretei-o como a despedida do Verão... a despedida dos sons avulsos, sem face... que caracterizam o bulício dos dias quentes... protagonizado por tantos rostos...
Realmente é difícil achar um rosto para o Verão... por isso quase sempre o traduzo, em mar...
Um poema que capta muito bem a chegada do Outono... com a sua densidade e intensidade características...
No fundo a chegada do Outono... é mesmo a despedida do ócio... a que nos convida os dias quentes de Verão...
Um poema de difícil interpretação... mas que nos obriga a mergulhar nas palavras... para descobrir o seu sentido a fundo... gostei!!!
Beijinho! Continuação de uma boa semana!
Ana
Aos amigos queridos: deixei um pequeno mimo no meu blog como agradecimento por toda a solidariedade que recebi nestes tempos tão difíceis.
ResponderEliminarQuando puderem, por favor, passem por lá!
Meu carinho a todos!
Helena
Bom dia Agostinho.
ResponderEliminarTemos uma amiga em comum a querida Helena, fui dela e acabei por aqui, conhecendo o seu lindo espaço, que achei lindas poesias. Essa pintura é algo belo, e a sua poesia mostrando muita sensibilidade. Amei essa frase- Dorme descuidado o peito e repousam os pensamentos graves. Que lindo. Um feliz domingo. Abraços.
Bom dia Agostinho.
ResponderEliminarFaz tempo não venho aqui.
Mas sempre é tempo, não é.
Lindos seus versos, encantada
aguardo voce la no Espelhando.
Feliz domingo.
Bjins
Catiaho Alc.
O seu poema é para ser sentido... e isso aconteceu.
ResponderEliminarLi que algo não está na sua vida, espero de coração que tudo se recomponha depressa e para sempre.
Abraço solidário
Agostinho, meu querido amigo, acredito que estejas a dar uma pausa nas tuas publicações, mas queria te pedir que, assim que puderes, dê uma chegadinha no meu espaço, pois fiz uma homenagem aos meus amigos blogueiros pelas demonstrações de afetividade que recebi, e é claro que tu também teve registro nestas singelas homenagens. Te espero, quando puderes.
ResponderEliminarMeu carinho,
Helena
Agostinho,
ResponderEliminarE é assim, somos pontos e linhas no meio do universo.
Gostei muito.
Bj.:))
Agostinho,
ResponderEliminarEscritas à parte, apesar de, por aqui, se escrever sempre bem e com conteúdo, hoje vim apenas manifestar a minha preocupação pelo seu estado de saúde. Espero, sinceramente, que arribe, o Agostinho é daqueles de quem se sente a falta.
Forte abraço
Kandinsky disse uma vez, que tudo começa em um ponto.
ResponderEliminarBelo poema.
Prazer em conhecer seu blog.
janicce.