foto: Gilberto Jorge |
Tempos de verde no meu corpo, sim,
nas noites pintadas a negro das botas
para que o medo na voz não se visse
e o dia imprevistamente não se tingisse
de rubras papoilas definitivas do fim.
Cantava. Cantava a embrulhar as horas:
“a morte saiu à rua num dia assim".
hajota
Assim o disse Zeca Afonso!
ResponderEliminarBjs
A vida nasce jovem com o verde dos sonhos. Todos cantamos enganando as horas, mas um dia aparecem as cores rubras das papoilas que brilham nas tintas das botas.
ResponderEliminarMomentos para pensar.
Um verde que começa a ser castanho por estes dias mais acinzentados, Agostinho.
ResponderEliminarTempos de verde, assim o espero.
ResponderEliminarNada como o recomeço e a vontade de querer.
Beijo
~ ~ Eu entendo o seu corpo vestido de verde, botas negras, medo, campos tingidos como se fossem papoilas.
ResponderEliminar~ ~ Tempos em que a morte andava permanentemente na rua...
~ ~ A foto da "picada", está muito bem selecionada. Haverá por lá minas?
~ ~ ~ Um belo canto de Poeta. ~ ~ ~
~ ~ ~ ~ Abraço amigo. ~ ~ ~
Tempos de medos
ResponderEliminarque não sei se alguma vez tivemos
talvez porque cantávamos
e a picada se fazia clara
e a noite se fazia dia
Tempo para renovar, para ter esperança.... Será possível? Temos que acreditar...
ResponderEliminarBrilhante...
Beijos e abraços
Marta
Cantar é con-viver com a morte ! Gostava de saber alegrar seus versos.
ResponderEliminarUm abraço.
há tempos assim e confesso que me causam medo...
ResponderEliminar:(
Os tempos do medo. Os tempos da esperança. Tempos do Zeca. Tempos nossos também...
ResponderEliminarUm poema que me tocou imenso.
Beijo.
Muito bonito,
ResponderEliminarBoa noite, Agostinho. :))
A morte também me assusta...
ResponderEliminarBelíssimo, querido.
Beijinho.
Rubras papoilas, de sangue, tingindo as botas negras...
ResponderEliminarTempos de pesadelo...
Boa tarde, excelente partilha da bela foto e texto, eu pessoalmente tenho medo da morte, penso que toda as pessoas tem medo de morrer.
ResponderEliminarAg
Pois... a morte sai sempre à rua num desses ou d´outos...
ResponderEliminarSaudações poéticas!
A morte pode escolher sair num dia que se vestiu de rubro!
ResponderEliminarBeijinhos Marianos, Agostinho! :)