terça-feira, 21 de abril de 2015

A força das palavras

Couple-Riding-Black-and-Violet-Wassily-Kandinsky-1906
http://www.dailyartfixx.com/
Primeiro, sem saber, inventei e,
afinal, as palavras já prontas.
Mas eu inventei-as e,
para não as esquecer,
escrevi-as no meu chão
antes de as dizer, e,
ao dizê-las, peregrinei
as mãos nas evidências
escaldantes das vogais,
humedecidas-emudecidas
no vermelho da língua, e
em chegando ao fim,
escritas ditas feitas,
as palavras prontas prenhes
ressuscitaram o que parecia
a morte. 
Sem saber. Acreditei.

               

                                                                                             hajota

14 comentários:

  1. E nós continuamos a passar por aqui para nos deliciarmos com a escrita do Agostinho.

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  2. Sempre se inventam palavras, sentres através delas, daí a magia da escrita/leitura.

    Beijinhos

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  3. olá, Agostinho.

    As palaveas, são digitais, de um Coração, em movimento.

    Abraços

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  4. Conheço palavras que respiram por guelras

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  5. acreditar sempre nas palavras e nos sentires do Poeta.
    que belo poema!
    gostei deveras.
    obrigada!
    beijo
    :)

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  6. Deslizam...Tornam-se mágicas e vivem aqui... Neste poema....
    Lindo...
    Beijos e abraços
    Marta

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  7. Eis a nossa liberdade! Beijo, querido amigo.

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  8. ~ ~ Subscrevo o comentário da P A Sol. ~ ~

    ~~~ Nunca deixes de acreditar, amigo. ~~~

    ~ ~ ~ ~ Dias luminosos e inspirados.~ ~ ~ ~
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
    .

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  9. Só assim as palavras ganham vida e cumprem seu destino, que é nos encantar.
    Belo!

    Beijinho:)

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  10. Também gosto muito.
    Poema intenso, poderoso e ... mágico!

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  11. As palavras que o poeta reparte, como se fossem cerejas, são sinais que nascem através da imaginação... Assim nasceu este belo poema, amigo.
    Um beijo.

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  12. Kandinsky foi uma bela escolha para as palavras que escreveu.
    Boa noite.:))

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  13. Agostinhamigo

    Uma vez mais, gostei. Espero que não confundas com o adjectivo do almirante Américo... E acentuo gostei muito, muitíssimo, muitérrimo.

    Já estou em Lisboa e até já postei mais um textículo sobre Goa. Espero que digas na nossa Travessa o que pensas dele... Obrigado

    Abç

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