Manhã
Como um fruto que mostra
Aberto pelo meio
A fescura do centro
Assim é a manhã
Dentro da qual eu entro
Sophia de Mello Breyner Adresen,
Livro Sexto
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Anish Kapoor, Flesh, maqueta (foto minha) |
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O humano ofício é chegar à perfeição
à utopia
em poema de quadros pintados de vida
na identidade das linhas digitais
que se enleiam e desenleiam
nos dedos da mão
na cromatografia
de almas em transfiguração
da paleta de cor firmada em palma:
poema de estrofes varadas por um fio
que leva até ao fim em glória ou perdição
hajota
hajota
Parabéns, caro Agostinho, pelo seu belo poema! Muito bom, poeta!
ResponderEliminarUma ótima semana.
Abraço.
Pedro
Mas haverá a perfeição perfeita? Acredito na glória e na perdição... porque a vida é feita desses momentos...
ResponderEliminarObrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Essa imagem do artista plástico, que expôs no Museu de Serralves, é arrepiante.
ResponderEliminarNão sei o que o artista quis mostrar com tal coisa, mas a mim só me ocorre dor e muito sofrimento.
Espero que o Humano Ofício II seja mais brando, Amigo Agostinho.
Beijo e boa semana.
Profundo!
ResponderEliminarMomentos sempre únicos...
Beijo e uma boa noite!
Um poema de pura vida em linha desenhada nos dedos do eu lírico.
ResponderEliminarGostoso de se ler!
Proseando num dia
A incessante e utópica busca pela perfeição.
ResponderEliminarAquele abraço, boa semana
Amigo, é um vate não perde o estro!
ResponderEliminarRegressada de uma pausa, tenho um mimo para si, no meu blogue.
Abraço afetuoso.
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Pode dizer-se que a poesia é um pensamento por figuras, ou a arte de descobrir gestos de um sentido em falta ou em excesso. Um ofício difícil, insaciável. Mas o poeta é um ser real, cuja alma por vezes se transfigura para mostrar o que de melhor se esconde no barro que somos. E a perfeição é mesmo uma utopia…
ResponderEliminarGostei do seu poema e daquilo que ele me fez pensar.
Um beijo, meu Amigo Agostinho.
Não é fácil chegar à perfeição, mas no fundo é o que muitos procuram a vida toda..
ResponderEliminarAbraço
Mais um poema ao nível a que nos habituaste. O que é a vida? Para que serve viver? O que é a perfeição?
ResponderEliminarTudo num grácil tricô de palavras...
Quando à ilustração... Não entendi bem. Entraste à socapa nalgum serviço de urgências, de máquina em punho, chega um esfaqueado e... zás!
Olá, Agostinho, sim, uma luta para buscarmos a perfeição, mas... jamais, é utopia. Essa sofrível busca a vejo como a obra de arte de Anish; só sofrimento.
ResponderEliminarUm ótimo fim de semana pra você.
Beijo
poema em carne vida, Caro Agostinho
ResponderEliminarlongos, longos os humanos caminhos que vão da Perfeição à Perdição!
em poucas linhas a história da emancipação da "espécie" humana!
grande Poema
abraço
Sempre estará na essência humana, a busca do impossível... a tal perfeição... tão idealizada... mas jamais encontrada... ou reconhecida... pois este mundo, era tão mais perfeito, sem a devastadora acção do homem, em tantas áreas...
ResponderEliminarMas enquanto cada um a procura... a perfeição... irá coleccionando cicatrizes... à medida que se consciencializa... de que a realidade, nem sempre corresponde à sua idealização...
Um belíssimo post, Agostinho! Um fabuloso momento poético, muito bem complementado com a inspiradora Sophia... e a fantástica imagem! E já anotado, no meu caderninho de futuros destaques... pois claro!
Beijinho! Boa semana!
Ana
A busca da perfeição. Ou do alcance da finalidade.
ResponderEliminar(para ler os meus livros basta seguir os links e fazer o download. Não existe o livro físico. Lê-se no pc, tablet ou E-Reader)
O poema chegou e glória, por este fio digital que me conectou.
ResponderEliminarUtopia concretizada.
Bjs
OI AGOSTINHO!
ResponderEliminarBUSCAR A PERFEIÇÃO PODE SER UTOPIA E UM DESGASTE QUE NOS AFASTARIA DA META MAIOR QUE É VIVER.
LINDEZA DE TEXTO, AMIGO.
ABRÇS
https://zilanicelia.blogspot.com/
Intenso, vigoroso, o poema. A elaboração metafórica para nos fazer pensar sobre os dois campos semânticos: o da perfeição e o da utopia em que o poeta não ocupa um lugar de excepção enquanto artista da palavra.
ResponderEliminarForte abraço, meu amigo Agostinho!
Poema e foto em carne viva
ResponderEliminarforte e muito pensador
:(
Como gostava de escrever assim! Como todos estes humanos ofícios! Que bela escolha das palavras! E tão bem cosidas...
ResponderEliminarBeijinho.