Começa na passagem do equinócio
o advento da apoptose celular:
em amarelos vermelhos e roxos.
A natureza despe-se de excessos
ao ritmo dum requiem a cada dia.
A passagem das aragens agrestes
p’las veredas ocasionais das tardes,
o trigo, sol sal, na praia dourado,
nos poros encrespados arrepia.
A sensibilidade está na pele
em contrações reflexivas do tempo.
em contrações reflexivas do tempo.
Lá dentro, no cerne da construção,
enxuta a carpintaria do estio
solta gemidos na adaptação
do cordoame, encolhendo a junção
das esquinas, onde o frio apressa
despedidas dúbias de amor. Suspensas.
hajota
"A sensibilidade está na pele
ResponderEliminarem contrações reflexivas do tempo."
Eis versos sem outonos dentro
Apesar do tempo que faz sejamos dignos do outro que virá. Na pele se sentirá.
Eliminar~
ResponderEliminar~ ~ Por vezes, o exagero da tentativa de tornar erudito o poema e a linguagem de rigor científico sobrepõem-se à sensibilidade e à beleza e poesia da época.
(Não percebo a oportunidade do trigo no Outono, e estranho um "sol sal... dourado!")
~ ~ ~ Que as musas genuínas do Lis, inspirem-lhe poemas delicados, puros e transparentes. São assim os seus melhores.
~ ~ ~ ~ Abraço amigo. ~ ~ ~ ~
Bom regresso às lides.
EliminarAnda a gente a doirar os pelinhos todo o verão..., Majo!
Erudição! não concordo; duas ou três palavras não chegarão para essa consideração.
Obrigado pelo seu comentário.
O poeta é sempre atento às estações! Um poema tão belo quanto a imagem.
ResponderEliminarUm abraço.
Obrigado pela visita e comentário. Quem vive nestas latitudes é obsequiado pela "coreografia" da natureza ao ritmo das estações do ano.
EliminarUm abraço amigo.
A Estação do Ano mais agradável em Macau, Agostinho
ResponderEliminarAinda bem, Pedro, para retemperar o corpo para os extremos que hão-de vir.
EliminarUm abraço.
E viaja-se pelas cores, reflecte-se no tempo e continua-se a amar....
ResponderEliminarLindo...
Gostei muito...
Beijos e abraços
Marta
Obrigado pela simpatia do comentário, Marta.
EliminarEsta estação propicia as sensações que refere.
Bj
Olá, se me permite, deixo um poema meu escrito em 2011 sobre o Outono. Espero que goste.
Eliminar"Tardes de Outono"
Invade-me a casa o Vento.
Traz a chuva e o frio,
esquece-se que gosto de luz
e apaga-ma.
Fico na escuridão,
só com os pensamentos.
Tudo o que escuto,
além do Vento.
Hoje, não vens.
Hoje, não sei onde estás.
Hoje,
só tenho memórias de beijos
e de palavras descoloridas.
O outono é tudo isso _excesso de 'vermelhos e roxos' na concorrência com a primavera em beleza e graça.
ResponderEliminarE o poema diz tudo _ é simplesmente lindo!
Parabéns e meu abraço
Muito obrigado, Lis, pela sua presença nesta janelinha. O outono convida-nos a olhar para trás, a viver os dias com serenidade.
EliminarAbraço
húmus e novamente vida
ResponderEliminarbonitas as cores do outono
Desse lado fervilha uma imaginação que muito aprecio e, por isso, tenho muito gosto em vê-la por aqui. Obrigado, Manuela.
EliminarO segredo está na memória do húmus? Dele renasce a vida com toda a pujança e esplendor.
Inspirado!
ResponderEliminarA apoptose celular não conseguiu estragar o ritmo e a musicalidade...
O tema surge muito bem tratado.
Tem de haver para que haja vida. À morte sucede vida.
ResponderEliminarPor falar em vida... quando é o parto?
Abraço.
A criança está pronta para nascer. O problema é encontrar uma maternidade...
EliminarNão queria voltar à C. ... Queria ver se o acontecimento ocorria ainda em 2014...
O outono no seu esplendor.
ResponderEliminarNão aprecio a estação, mas tu deste-lhe um encanto especial.
Beijinhos
E assim se mantém o poema outonal...
ResponderEliminarAbraço
É outono. O mosto já circula no sangue dos que acreditam na eternidade dos sentimentos...
ResponderEliminarUm belo poema, amigo.
Beijo.
.
ResponderEliminar.
"és o saco na porta
és o pão pr`amanhã"
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As cores do Outono são a grande força da mudança. São aquilo que sobra num amarelo mesclado de cores diferentes.
ResponderEliminarAté parece que somos puxados nestas correntes e que o frio, a chuva e os ventos adormecem as nossas sementes.
um poema que se quer outonal, onde a sensibilidade do Poeta está patente em todas as estrofes...
ResponderEliminar:)
Agostinho,
ResponderEliminarUma maravilha outonal. :))
Boa noite!
Do Outono aprecio as cores, gosto de as reproduzir, é um desafio conseguir a cor exacta! mas por outro lado vem sempre ao de cima o lado melancólico, custa um pouco a despedida do verão.
ResponderEliminarBjs