Ali vimos a veemência do visível
O aparecer total exposto e inteiro
E aquilo que nem sequer ousáramos sonhar
Era verdadeiro
Navegações - As Ilhas - V, Sophia de Mello Breyner Andresen,
Ed. Caminho
vitruvian man, leonardo da vinci - web |
Fídias
construiu o belo
Partenon
na
imitação da natureza em
progressão
a mãos
as
falanges a rimarem
sequências
de rosas
rosas rosas rosas
infinitamente
fibonacianas
pentagramas
flores
pitagorianas
paridas
na razão áurea
e Leonardo plasmou a definitiva beleza
vitroviana
- poesia
de alfa a ómega
Tudo
está escrito desde sempre,
no
entanto,
a gente
precisa de ir combinando
legos
vogais
consoantes consoante os sons
prementes
a cada
momento
ouvir dos
relâmpagos
rosas
oníricas flores concretas
- ideias
A gente precisa
da graciosa
estética envolta nas palavras
arrumadas
em
normas universais ou
em
ventanias de genialidade e revolução
- desarrumadas -
e no fim
acalmadas
a harmonia
como há
milhões de anos
por divina
inspiração
- Nós -
a
perfeita proporção replicada
em toda
a criação -
- o phi,
um vírgula seis um oito
hajota
Tudo pelo melhor
ResponderEliminarAbraço
E é através da graciosa estética da poesia, que os mistérios, e os sentimentos da humanidade... são melhor explicitados e compreendidos...
ResponderEliminarUm belíssimo poema, Agostinho... sobre a obra que continua inacabada... e em constante evolução... como ser imperfeito, que ainda é... e por vezes... cada vez mais se afastando do divino... pelas suas escolhas, opções e acções... como se vê, por este mundo fora... todos os dias, um pouco mais...
E muitíssimo bem conjugado... com a pura sensibilidade, das palavras de Sophia...
Um mix divinal, efectivamente...
Aproveito para deixar por aqui, os meus votos de um Feliz e Santo Natal, pleno de afectos, saúde e paz, para si e todos os seus, Agostinho!
Estarei de volta, após o Natal!
Festas Felizes
Ana
" a gente precisa de ir combinando
ResponderEliminarlegos"
" A gente precisa
da graciosa estética envolta nas palavras
arrumadas"
A gente precisa
de poemas assim
porque nem "Tudo está escrito desde sempre"
Há poemas e poemas... Há aqueles que lemos e nos identificamos com o ritmo, com as imagens, com as ideias que se metaforizam. Mas há aquele que nos enleva, que nos faz reler, que nos faz pensar, que nos instiga e intriga. Esse é o POEMA! Meu amigo, seu Número Divino encantou-me. Já li e reli várias vezes, captando nuances, indo além da estética em busca da essência. Obrigada por esses momentos de enlevo. Abraços. Bom Natal!
ResponderEliminarVotos de um Santo Natal para si e família.
ResponderEliminarGrande abraço
o número divino é aquele que marcamos e umas vezes Deus responde, outras não
ResponderEliminare continuamos a escrever aquilo que pensámos terminado, numa infinitude inquieta e humana
boas festas para si, Agostinho!
O teu conjunto expressivo de arte é sempre encantador: a sofisticação,
ResponderEliminara originalidade (na inspiração) e a filosofia existencialista profunda,
nos promovendo uma viagem única de sentires e reflexões.
Desnudando a pele superficial das coisas, dos símbolos, das teorias
e com a mestria do oculto (sabedoria) preservado...
"-Nós-
a perfeita proporção
replicada
em toda a criação-
- o phi, um vírgula seis um oito"
Na singularidade individualizada ou
na pluralidade infinita...
Totalmente rendida ao fascínio da tua poética, Agostinho!...
Votos de feliz natal em família com harmonia, amor e paz!...
Bjs.
Desde sempre que tudo está escrito, é verdade. Mas nós estamos sempre a precisar de gestos, de ideias, de música, de palavras, de poemas assim para sabermos que há algo de divino na humanidade...
ResponderEliminarUm beijo, Agostinho e Boas Festas.
Não entendi nada de nada. Voltei a ler mas apenas lhe posso dizer:
ResponderEliminar- Boa noite e Boas Festas de Natal e de Ano Novo.
pois é. "o mundo é grande"...
ResponderEliminare o infinito ainda maoir...
entre o caos e a ordem, vai a distância de PHI e pouco mais!
muito bem, excelente criatividade.
abraço
Boas Festas
Escutei a música das palavras e gostei!
ResponderEliminarFeliz Natal em "perfeita proporção"!
E entrelaçamos o possível e o impossível, o belo e feio e reinventamo-nos....
ResponderEliminarLindo....
Obrigada pela visita
Um Feliz Natal
Beijos e abraços
Marta
pois... tudo já está escrito, mas, nós precisamos sempre de re-escrever algo.
ResponderEliminare além destas palavras apenas, digo.
um poema diferente.
beijo
:)
Muito bom, Agostinho!
ResponderEliminarBoas Festas e um beijo. :)
Os tempos que decorrem não incentivam o culto da(s) memória(s), antes pelo contrário, e ainda bem que, subtilmente, uma rede de "mensageiros" não a(s) deixa(m) cair no esquecimento...
ResponderEliminarMuito bom, Agostinho!
Abraço
Com as festas natalícias não vi que esta pérola tinha saído. Peço desculpa pela descoberta tardia.
ResponderEliminarBom ano 2016 com muita beleza.:))
Faço minhas as palavras ( e as razões ) da ANA R. A.
ResponderEliminarUm grande e grato abraço, com os renovados votos de FELIZ ANO NOVO.