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Vieira da Silva, de Mars à la Lune, pinterest.com |
… reticências
na precedência infinita
do vazio inventou-se
o mundo e
fez-se o mundo
de coisas e
das coisas ressoaram
nomes e
coloriram-se os nomes
nas palavras e
entenderam gente e
entenderam gente e
na gente em comunhão
irreal brotou o poeta e
o poeta criou
o vazio e
as reticências do absoluto
sem pontuação nem final
hajota
Fez-se... Muitas vezes não se sabe o quê... Sabe apenas que existe a Poesia...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Excelente e redonda todas as hipnoses inventadas
ResponderEliminarAbraço amigo
Ai da vida quadrada
ResponderEliminarFez-me lembrar a Torre de Babel!
ResponderEliminarBelíssimo!
Parabéns ao poeta!
beijinho
É um erro primário
ResponderEliminarLer um poema
e tentar racionalizá-lo
após lido
o que fica
vai fluindo
com pontuação e final
Momentos de reflexão. Inventou-se. Criou-se e o poeta surgiu de caneta afiada e papel ilustrado.
ResponderEliminarE o poeta ficou à entrada da noite para inventar a luz e recuperar o brilho de seus olhos. E o poeta manipulou os deuses para moldar os sonhos. E o poeta arredondou o silêncio para ligar as palavras...
ResponderEliminarGostei desta "Hipnose redonda",meu amigo Agostinho.
Um beijo.
absolutamente, a criação de um mundo
ResponderEliminarum abraço
O mundo o que seria sem poetas e sem poesia.
ResponderEliminarUm círculo que me hipnotizou e a escolha da tela, me fascinou.
Um beijinho
Como sempre de uma qualidade excelente.
ResponderEliminarBj.:))
Quebro um silêncio redondo
ResponderEliminarpara me render à invenção de um mundo...
Deixo um abraço
estes poemas "propênsicos" baralham-me..
ResponderEliminarnão leves a mal - toda a gente sabe que sou lerdo!
mas deves ter razão!
abraço
pois...as reticências são sempre uma incógnita
ResponderEliminarmas este momento de poesia não precisa nem de pontos nem de virgulas e tão pouco de reticências (embora lá estejam)
gosto de ficar a ler e reler
beijo
:)
O poema é um mundo que não precisa de pontos finais.
ResponderEliminarBeijinhos, Agostinho :)
A poesia como obra de arte, é sempre sem ponto final, pois
ResponderEliminara cada leitura, ela se renova nas reticências
de cada leitor!...
Aprecio muito a sua criatividade e profundidade
poética e também para mim é privilégio ler-te!
Bj.
Adoro os pontos reticentes...
ResponderEliminartalvez porque tenha alma de poeta,
não treinada na escrita de poemas.
Domínio do absoluto é arte poética.
Uma composição excelente, amigo...
Bj.
Ps - Espero por si na minha tertúlia.
Agostinhamigo
ResponderEliminarBué da fixe! Muitos parabéns. Gostei tanto que não resisto a transcrever:
o poeta criou
o vazio e
as reticências do absoluto
sem pontuação nem final
Abç do Leãozão
Quando voltas à NOSSA TRAVESSA???????
Num universo em que a infimidade nos caracteriza, viramos costas a tudo e apenas debitamos arrogância, dando livre curso aos instintos mais básicos. Felizmente há poetas...
ResponderEliminarLê-lo é um privilégio, Agostinho.
Abraço
O poeta é o único que pode tirar e pôr a seu bel-prazer; que pode construir mundos sem sair de casa; que sonha e faz sonhar...
ResponderEliminarUma coisa é certa... este mundo anda meio hipnotizado e adormecido... em função do valor, que tanto se dá às coisas... e talvez as pessoas, se rodeiam de tanta coisa que nem precisem... para sentirem que não se deitam fora... como as coisas que invariavelmente acabarão por deitar fora...
ResponderEliminarE neste mundo tão cheio de coisas materiais... os poetas descobrem novos espaços no interior de si e dos outros... as reticências da alma... através da sua forma de ver o mundo...
Acho que os poetas, não inventaram o vazio... mas o verdadeiro espaço... sem final conhecido... sempre pronto a ser preenchido de uma forma efectivamente enriquecedora...
Como sempre, um belo poema... que nos deixa a pensar...
E a noção de espaço... numa visão muito própria de Vieira da Silva... e de como a humanidade o vê... estruturado... e materializado... não havendo muito espaço para a alma... mas apenas para coisas... que ocupam espaço...
Beijinho! Boa semana, Agostinho!
Ana
E graças ao poeta, temos o vazio, plenamente ilimitado, sem pontos, vírgulas ou reticências.
ResponderEliminarUm beijinho Agostinho.
"o poeta criou o vazio
ResponderEliminare as reticências do absoluto
sem pontuação nem final"
Perfeita esta definição de Poeta!
Que nunca faltem sorrisos nos teus caminhos nem estrelas no teu olhar, mesmo que o mundo ao seu redor, querido poeta, esteja de momento a desmoronar...
Com carinho,
Helena
O poder de quem escreve poesia é infinito....
ResponderEliminarBom final de semana :)
Agostinhamigo (II)
ResponderEliminarGostei, gostei mesmo do poema, tanto que tenho de transcrever o seu final:
o poeta criou
o vazio e
as reticências do absoluto
sem pontuação nem final
Só tu sabes dar-me o incongruente, coisa que é difícil mas diferente. Não te chamo Pessoa, o Fernando, porque não quero melindrar o gajo esteja ele onde estiver, talvez no infinito
Abç do Leãozão
e que as férias estejam a ser relaxantes....
ResponderEliminarbeijinho amigo
:)
E fiquei hipnotizado.
ResponderEliminarAquele abraço, boa semana
Obrigada pelas palavras. Este seu espaço está a reclamá-lo...
ResponderEliminarUm beijo, meu amigo.
Estava pensando, aqui, do outro, numa viagem ao "Mundo é Grande" quando aportou o teu comentário nas minhas paragens. Hipnose redonda. Este é o poder da poesia: faz tudo parecer tão claro, cheio de luz, se não fossem as reticências... Sondar a profundeza só para os iniciados. É o teu caso.
ResponderEliminarForte abraço,
A reticência é o contrários dos dois pontos que deixa que alguém diga s verdades ,sem hipnose.
ResponderEliminarSou a rainha das reticências, Agostinho.Abuso da melancolia_ é isso .
E o poeta é soberano e absoluto.Sem pontuação.
Obrigada menino poeta.
um abraço