É estranho não mais desejos desejar. Estranho,
passar a ver sem conexão, disperso pelo espaço,
tudo o que antes tinha unidade.
As Elegias de Duíno, da1ª Elegia, Rainer Maria Rilke
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ilustração de M.ª Rita (8 anos) |
Numa manhã grisalha não a encontrei.
Porquê não sei, presumo:
as cores não se afeiçoam ao inverno.
O idílio durou meses, porém,
inopinadamente parou,
sem denúncia, arrufo ou, sequer, indício.
Logo agora que tinha nas
mãos
o jeito de a explorar, apartando-lhe
a delicada roupa, com o
fervor da paixão:
grão a grão os lábios, a
língua,
sorvendo o vermelho sumo.
O vermelho da romã.
hajota
Nota:
ando em periclitante e irregular andamento blogueiro, digamos que motivacional. Expresso os meus sinceros agradecimentos pelas manifestações de preocupação que me têm chegado.
O meu estado de saúde? Poderei dizer que não estou mal nem bem. Estou em esperançoso processo de recuperação.
A todos o meu obrigado.
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Nota:
ando em periclitante e irregular andamento blogueiro, digamos que motivacional. Expresso os meus sinceros agradecimentos pelas manifestações de preocupação que me têm chegado.
O meu estado de saúde? Poderei dizer que não estou mal nem bem. Estou em esperançoso processo de recuperação.
A todos o meu obrigado.
É por isso que prefiro outonos e primaveras. A ausência da cor, no inverno, e seu excesso, no verão incomodam, cansam, enquanto a delicadeza e suavidade das duas outras estações acalmam e inspiram. Abraços, bom retorno.
ResponderEliminarA gente espera, importa é que fique bom rapidinho.
ResponderEliminarA Primavera e o Outono são como o arco-íris... Suaves, delicadas, respiram connosco e abraçam-nos...
ResponderEliminarDescanse, recupere... volte depressa.
Beijos e abraços
Marta
Em primeiro lugar um beijo para a ilustradora, Maria Rita.
ResponderEliminar"As cores não se afeiçoam ao inverno". É como se o frio empalidecesse, no nosso olhar, tudo o que nos rodeia...
Também já estava preocupada consigo. Espero que tudo corra da melhor maneira.
Sou sua amiga. Um beijo.
"...Logo agora que tinha nas mãos
ResponderEliminaro jeito...", amigo!
Logo agora...
Haveremos de te 'vêr', recuperado.
Paciência. Com vontade, a mente ajuda.
E o inverno está a passar.
Um forte abraço.
uma imagem à maneira para o poema quase brejeiro à Romã (ou não)
ResponderEliminareu gostei, e virão dias melhores caro Poeta.
meu abraço
beijo
:)
Há flores em todas as estações
ResponderEliminarBoa recuperação
Abeaço
Oh! E assim acabou? Sem graça? Graciosidade, porém, e muita no desenho da Mª Rita.
ResponderEliminarBoa recuperação!
Abraço, Agostinho!
ResponderEliminarTu sabes encontrar o vermelho carmim da romã no mais tenebroso inverno!
Gostei tanto. Fica bem depressa :)
ResponderEliminarMaroto!
ResponderEliminarEnganou-me bem!
Apesar da citação como prólogo e da ilustração
pensei estar a ler um poema sensual, até chegar
à última estrofe.
Gostei de saber que não perdeu o humor...
A Maria Rita é um caso sério de criatividade e
talento... Parabéns, vai longe!
Rápido restabelecimento.
Beijos para ambos.
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O bom e saudável humor mantém-se, Agostinho.
ResponderEliminaralgo essencial para conseguir uma total recuperação.
Aquele abraço!
Maria Romã :)
ResponderEliminarum abraço, Agostinho
Boa tarde, a romã saborosa com o seu sumo vermelho, poema é lindo e criativo.
ResponderEliminarAtravés da minha pagina, visite a pagina de Pedras Nuas, vai gostar certamente.
AG
que venham as romãs a alimentar a sede...
ResponderEliminarsede é o que vai ficando do peneirar da vida!
e a finíssima dor da ironia.
gostei muito, mesmo.
abraço, caro Agostinho
Uma romã muito inspiradora.
ResponderEliminarSímbolo da fertilidade e da fartura a romã é também, um fruto de que gosto muito.
Comi muitas em criança. Havia duas romãzeiras lá no nosso quintal...que saudades.
Um beijinho, Agostinho e votos de rápida recuperação.
Ah...esqueci-me de lhe dizer o quanto gostei da ilustração.
ResponderEliminarA Mª Rita leva jeito para o desenho.
Antes de terminar a leitura do poema já sabia que falava de uma romã. :)
Um beijinho para a jovem ilustradora.
Amigo Agostinho, as paixões são assim, intensas, breves, mas deliciosamente saborosas, como as romãs.
ResponderEliminarA ilustração está perfeita para o poema ou será o contrário (:
Beijinho e as melhoras.
Pode sempre me chamar Fê (:
Gostei deste idílio!
ResponderEliminarUm abraço apertadinho para dar força a essa recuperação!
beijinho
Só agora me dei conta que a ausência teve que ver com um problema de saúde. Desejo as rápidas melhoras.
ResponderEliminarGostei do seu Idílio e dos intróitos que tem usado.
Bjs.:))
Como o Amor, também as frutas têm o seu tempo de maturação. Ou será o contrário?
ResponderEliminarGostei do idílio, do namoro à fruta... ou ao Amor?
Apercebi-me, pelos comentários, que a saúde esteve fraquejando. Rápido e completo restabelecimento desejo.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Isso é pura paixão
ResponderEliminarKis :=}
Ah, o desenho é algo bonito.
ResponderEliminarJeito para desenhar
Kis :=}
Caro Agostinho,
ResponderEliminarTu sabes que eu observo todos os elementos escolhidos
por ti, na composição do todo da tua excelente arte expressada.
Agora vou destacar primeiro esta Grande artista de 8 anos,
uma ilustração de arte encantadora, parabéns para Maria Rita!
Começas com a admirável e complexa arte poética do Rainer Maria Rilke.
O teu poema caminha na tua originalidade, criatividade e o humor
que transcende e surpreende levando todos os sentidos e significados
para a unidade da excelência.
Sei que tu sabes que eu aprecio a excelente e original poesia e declaro isso
sempre que percebo.
Meus votos de rápida recuperação.
Bj.
Tudo acaba, inopinadamente ou não...
ResponderEliminarExcelente poema, parabéns.
Bom fim de semana, caro Gomes.
Abraço.
passei para deixar um abraço amigo.
ResponderEliminarHá um tempo em que, vá lá saber-se o porquê, nos cai em cima todo o sentido da vida, tolhendo-nos olhares e sentires. E que massa ela tem!
ResponderEliminarArriba, amigo, a primavera está aí em todo o seu esplendor!
Forte abraço
OI AGOSTINHO!
ResponderEliminarTOMARA QUE LOGO ESTEJAS BEM E DE VOLTA POIS TEUS ESCRITOS ENCANTAM, AMIGO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
abraço, meu amigo
ResponderEliminartudo bom
deixo um abraço e um beijo
ResponderEliminar:)
Deixo um abraço, com cheiro a Primavera. Que flores e cores despontem...
ResponderEliminarOlá caro Agostinho, boa noite!
ResponderEliminarGostei imenso da obra de M.ª Rita. Uma moça romã elegante, bela! E como a romã é bela, seu interior parece conter pedras preciosas, rubis que encantam.
Sim, o inverno é grisalho, frio. As cores, nesta estação, dormem para posteriormente, despertarem revigoradas. Por aqui, estamos as portas do outono, a minha estação preferida, especialmente pelas cores que aquecem a minha alma. Adoro todos os tons das folhas, até o dia em que caem para fertilizar a terra.
Gostei dos versos e não seria diferente! Uma viagem com paixão e elegância!
Espero que estejas bem, com a saúde em ordem.
Um beijinho e dias felizes.
Agpstinho, meu querido: como sempre, tu vens nos ofertar uma delícia de poesia, entremeada de sutilezas, argúcia, criatividade e um humor de primeira qualidade.
ResponderEliminarA Maria Rita, brilhando com esta doçura de desenho (talento nas artes seguindo o exemplo do vô?).
Ainda bem que estás em "esperançoso processo de recuperação", meu amigo! Isto muito nos anima.
Também estive às voltas com problemas de saúde de familiares. Felizmente, todos agora em recuperação, também em esperançoso processo... (risos).
Que a vida continue a te sorrir e agraciar com benesses que o colocarão totalmente em forma, não apenas "esperançoso", mas dentro de um processo total de recuperação. Assim espero, assim desejo!
Deixo-te um punhado de sorrisos, um ramalhete de estrelas, e um abraço de grande consideração,
Helena
E o mundo tem tanta falta de quem queira ser romã... de quem queira dar saúde e bem estar na vista dos outros... e promover um mundo mais saudável e colorido, a quem esteja em seu redor...
ResponderEliminarAdoro romãs! E é o fruto mais saudável que se pode comer... faz bem a tudo... tendo propriedades anti-oxidantes e anti-cancerígenas, ao mais alto grau... no tempo delas... não as dispenso nas saladas de frutas, todos os dias...
Um bonito desenho da Rita... que pelo que me apercebi, está a par da moda... das tendências... e tem uma noção de cor e estética, bem apuradas... Adorei ver a ilustração... que vem a calhar que nem ginjas... ao poema do avô, creio eu... sobre este fruto... que dá vida... mesmo!!!
Deixando um beijinho... e o desejo de rápidas melhoras... pelos comentários, acima... creio que teve um percalço de saúde... para recuperar o quanto antes... pois ainda há romãs por perto, para cuidar... e apreciar...
Ana
Desejo-te o mesmo que desejaria para mim: que esse "esperançoso processo de recuperação" seja uma efetiva realidade.
ResponderEliminarBjo, amigo
(Voltarei para o poema)
Apenas para deixar votos de bom fim de semana.
ResponderEliminarabraço com beijo dentro
:)
Também vai daqui deste rincão os votos de recuperação rápida., meu caro Agostinho.
ResponderEliminarE o poema, delicioso poema. E se há nele poesia, o que mais devo dizer. É sorvê-la ou sorvê-lo, sobretudo enaltecer a ilustração de Maria Rita. No mais é sorver o vermelho da romã.
Um forte abraço, admirado poeta!
Prometi voltar e, como já estou em adiantado estado de incumprimento, assumo a minha displicência...
ResponderEliminarAlgumas notas:
- a citação de Rilke exprime, cabalmente, o estado abúlico, prenunciador do desligamento à vida, um estado que deve ser combatido, embora se saiba quão difícil é esse processo. Este desenho da Mª Rita bem pode ser visto como um sinal (e eu vejo-o como tal), uma luz, um caminho...
- no excelente poema, tentei encontrar o que não encontraste. Não sei se consegui mas desejo que todos os sabores tenham regressado à (tua) boca. Sinal de vida...
(não costuma dizer-se que devemos saborear a vida?)
Bjinho
Uma luz, a sua, em "minha casa", também ela agora mais sombria, sem tecto.
ResponderEliminarLevou um sorriso. Encontro aqui cor no delicioso desenho de Mª Rita, na romã-fartura, vida.
Não espere pelo próximo inverno para a saborear. Esperam-no a fartura dos grãos das searas maduras. Imagine a alegria do vento penteando-lhe os cabelos!
Um UPA à vida, Agostinho. A si. Que tudo esteja ultrapassado.
Beijo! *