Quando vinham as nuvens de setembro, já
os pássaros tinham emigrado para além dos mares
o campo ficava em longos silêncios
Nuno Júdice, O Mito de Europa,
início de "Nostalgia de Setembro"
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vladimir kush, fonte: http://marteeparaosfracos.blogspot.pt/ |
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Na impossibilidade de suspenderes
o movimento da máquina universal,
os ponteiros no mágico momento parares,
quando os oceânicos seres nas entranhas dos
corais
se multiplicam em reflexos de cristais,
quando as aves afinam o cobalto pintalgado
de algodão em fiapos e, no voo picado
do fim da tarde, as asas se afeiçoam
em abraço ao peito, em apneia delirante,
e os homens cruzam o incerto e o distante
e se sublimam nas magníficas pérolas
da transmissão do divino original
e da explosão cósmica, no clímax,
nasce uma estrela nova no céu,
vieste com a festa, a esperança do eterno
esplendor do sunset perfeito.
hajota
"Vieste com a festa, a esperança do eterno".
ResponderEliminarExcelente celebração da Vida e da Natureza!
Versos atravessados por "asas que se afeiçoam em abraço perfeito" e por uma "estrela nova no céu", construindo uma escrita deslumbrada, emocionada. Um acto de fé arrancado do silêncio, como diria Maria Zambrano...
Magnífico, meu Amigo Agostinho!
Um beijo.
Caro Agostinho,
ResponderEliminarO ritual poético da vida na explosão cósmica da luz solar,
que se inscreve neste milagre de renovação dos dias, a
nos fascinar aos olhos mais profundos, o da alma...
E a beleza da tua expressão poética nesta arte tão
profunda, humana e completa.
Voando nos espaços dos amigos para deixar um feliz
final de semana!
Bjs.
Maravilhosa esta celebração da vida... vida que só deixamos acontecer... quando não se vive a pensar no seu fim...
ResponderEliminarImpossível... será eu não ficar com estas suas inspiradoras palavras debaixo de olho, Agostinho, para qualquer dia saírem à baila, lá no meu canto... com o respectivo link para aqui...
Beijinho! Bom fim de semana!
Ana
Quando o sunset é perfeito e nos sentimos perfeitos...voltamos a renascer....
ResponderEliminarObrigada.
Beijos e abraços
Marta
Nada é perfeito
ResponderEliminarcom excepção das utopias
que se alimentam de sonhos e sonos
por vidas sem muros nem amos
Abraço meu caro amigo virtual
hajota
ResponderEliminarassim deve ser, quando olharmos o sunset e demos graças pela vida.
e amanhá haverá sempre um novo renascer.
bem voltado!
beijinho amigo
:)
Pelo que tenho visto e lido em Portugal o pôr-do-sol tem sido tudo menos belo.
ResponderEliminarQue horror!
Aquele abraço, boa semana
Um sunset em apneia,quase sem fôlego!
ResponderEliminarA poesia também nos tira a respiração de tanta festa de palavras.
Um abraço para si, Agostinho.
Boa semana.
Acabei de assistir, lendo e “voando” nas tuas palavras, à exaltação da Vida e a um hino à Natureza.
ResponderEliminarA cada sunset uma nova estrela aparece no céu, e por um breve, muito breve, momento, máquina universal
suspende o seu movimento…
Excelente, meu caro Agostinho.
Votos de uma boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Bonito Agostinho, a máquina da vida é fenomenal :)
ResponderEliminarUm abraço
Revendo este magnifico post, e deixando um beijinho, acompanhado dos meus votos de continuação de uma excelente semana...
ResponderEliminarAna
Depois de por aqui passar, vezes sem conta, continuo
ResponderEliminarsem palavras para comentar este pôr-do-sol esplendoroso,
deixo, no entanto, um beijinho e a minha admiração, amigo Agostinho!...
Janita
Sem palavras para comentar este pôr-do-sol esplendoroso,
ResponderEliminardeixo um beijinho e a minha admiração, amigo Agostinho!...
Janita
Caro Agostinho,
ResponderEliminarpoema que se entranha lentamente
e em cada leitura se acrescenta uma nova perspectiva
assim a verdadeira poesia - esquiva no(s) sentido(s) e pródiga em beleza
isto para te dizer que vão rareando poema deste nível
caloroso abraço
anuncio-te que reabri os comentários - espero continuar a merecer a tua prsença amiga
grato
Caro Agostinho,
ResponderEliminarpoema que se entranha lentamente
e em cada leitura se acrescenta uma nova perspectiva
assim a verdadeira poesia - esquiva no(s) sentido(s) e pródiga em beleza
isto para te dizer que vão rareando poema deste nível
caloroso abraço
anuncio-te que reabri os comentários - espero continuar a merecer a tua prsença amiga
grato
Há sempre tanto a acontecer, por esse universo fora, e, por aqui, os homens de poder a circunscreverem-se ao seu pequeno quintal, sempre com sentido de posse, a tentar pôr cuspo no nariz do outro para ver quem é o mais forte...!
ResponderEliminarGrande abraço, Agostinho
Para ler, reler e, no entretanto, deixar-se levar, num voo planado e vagaroso, de olhos bem arregalados...
ResponderEliminarPoema inspirado!
Hoje é só para desejar uma boa semana.
ResponderEliminarbeijinhos
:)
"divino original"?
ResponderEliminarAbraço
É sempre lindo o sunset, aqui, ou na natureza:)
ResponderEliminarUm beijo:)
A vida é um hino que se quer acarinhado enquanto dura...
ResponderEliminarEspero que esteja melhor e obrigado pela sua preocupação pela minha ausência (devida a trabalho).
beijinho amigo
Perfeita foi a forma como, em palavras, colocaste o supremo desejo de sermos simultaneamente, humanos e cósmicos, assim como não podias escolher outra obra que não esta!
ResponderEliminarAdmirável este poema no teu "mundo"...
Bjo, Agostinho