Muita gente me tem falado a meu respeito
mas eu cresço e minguo certas vezes anoitece
Sou coisa que se molha encolhe e envelhece
tudo me aquece e tudo me arrefece
Ruy Belo, Boca Bilingue, excerto de
Em cima dos meus dias
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Vim pela manhã ver e vi
Não há relógio atómico nem carbono
que percepcione e date palavras:
um verso não cabe entre parêntises
Apenas e só o coração sente
poesia que acontece
em qualquer tempo
num tempo sem tempo
Vim pela manhã ver vi
e havia raios despontado
no horizonte para mim
E correu então entre Terra e Sol
uma neblina um aroma verde
um som claramente salgado depurado:
inundou-me de sabor a mim
Que a poesia acontece limpa
e clara num tempo sem tempo
de emoções que claramente curam
hajota
Que maravilha :-)
ResponderEliminarBoa noite, poeta
É pelo seu poder criativo que nos redimensionamos de forma a enfrentar a vida, nem sempre simples, nem sempre fácil. Mas fazer da poesia um chamamento, convocar a emoção para descobrir a luz, como se o poema fosse a presença, quase invisível, de um rumor de palavras e silêncios. Então sim "a poesia acontece limpa e clara num tempo sem tempo de emoções que claramente curam".
ResponderEliminarLindíssimo, o seu poema, meu Amigo Agostinho. Tudo de bom para si.
Um beijo.
E lê-se um poema claro, suave que se torna eterno....pois está cheio de luz que nos abraça.
ResponderEliminarLindo...
Beijos e abraços
Marta
Eu vim pela tarde e, mais do que ver,
ResponderEliminarsenti, toda a beleza que existe dentro de si,
meu Amigo Agostinho!
Sabe que me identifiquei com esse poema de Ruy Belo?
Um beijinho.
( maravilhada por tanta beleza, que vejo sempre por aqui! )
Agostinhamigo II
ResponderEliminarFui amigo Ruy Belo um alentejano de gema, um grande Poeta que dia em Madrid me disse que tinha sido fo...oops, lixado pela Velha Senhora e pelo 25 de Abril. Pois bem, meu querido Amigo que te foste à vida, descansa que á neste país podre com muitos vira-casacas e corruptos que continuam refastelados em bancos & companhia e não os copulam...
Abç do Henrique, o Leãozão
Maias um incomensurável vagaroso instante
ResponderEliminarFantástico Agostinho :)
ResponderEliminarO meu comentário não ficou??
ResponderEliminarGrande abraço!
Muito maravilhoso o teu poema,adorei,feliz resto de mês de Outubro para ti!!
ResponderEliminarTão bonito, puro...Adorei!
ResponderEliminarBeijinhos
"Que a poesia acontece limpa
ResponderEliminare clara num tempo sem tempo
de emoções que claramente curam"
Sim, poeta,a poesia como e no processo da catarse.
Ser poeta na nudez do silêncio (solidão) com o mergulho
nas palavras, que transfiguram, transcendem, libertam
e curam...
Admirável sempre este teu caminho original poético a nos
envolver na pele da alma, depositando em nós a emoção
na identificação deste espelho humanidade:
"Um som claramente salgado depurado:
inundou-me de sabor a mim"
Magistral na sublimidade esta tua construção poética!!
Grata por este momento de leitura especial aqui, caro Agostinho.
Beijos.
Ps:Quero agradecer também teus valorosos comentários e te dizer,
que vi o teu gesto amigo de apreço lá no blog da querida Ana e
não foi tarde, grata viu?!...
Apreciei o teu comentário-poema lá e tenho certeza que é um
privilégio para o "anjo de caracóis dourados" ficar perto
deste poeta com um coração humano lindo!!...
Tinha comentado que o texto era sublime.
ResponderEliminarFicou pelo caminho.
Aquele abraço, bfds
Caro amigo, Pedro, obrigado pela persistência. Houve algum lapso certamente.
EliminarNão estou a conseguir comentar.
ResponderEliminarO que é que se passa?
Como é bom madrugar...
ResponderEliminarA poesia cura... liberta... faz-nos sentir... recordar... reorganiza-nos por dentro... e parece devolver-nos tempo... ao nosso tempo...
ResponderEliminarRecomenda-se... e aconselha-se a sua prática continuada... que tão bem faz ao corpo e mente... não poderia concordar mais, com as suas palavras, Agostinho...
Poesia em estado puro... foi o que vim descobrir aqui... e vi!...
Beijinho! Bom fim de semana!
Ana
belo mergulho poético. até a raiz
ResponderEliminaronde a Palavra é combustão e água.
muito belo teu poema, meu amigo
forte abraço
A poesia pode ser intemporal.
ResponderEliminarMagnífico poema, parabéns.
Bom fim de semana.
Abraço.
e a poesia é isso
ResponderEliminara palavra límpida
sem tempo ou sempre
na inspiração
do Poeta
lindíssimo poema
bom fim de semana.
beijinhos
:)
Tantas sensações claramente sentidas, sentidamente belas, mas nada ultrapassou o mistério do mundo emotivo que se refugia no mundo do eu. Aqui nasce a limpidez das águas poéticas. Aqui nasce orvalho que inicia o trajecto cristalino da palavra.
ResponderEliminarBelo demais, Agostinho
Beijo! *
Boa semana, Agostinho! Espero que os exames tenham corrido muito bem, e tudo esteja já devidamente afinado e calibrado!... :-D
ResponderEliminarPareceu-me ler num comentário, que o Agostinho, teria encostado à boxe, há uns dias atrás... espero que nada de sério!... :-)
Tudo a correr pelo melhor! Beijinho
Ana
Tragam este tempo
ResponderEliminartambém o quero, solene,
malgrado a vaga,
uma folha, um tronco de árvore
para nela singrar,
para nele boiar
Tragam-me uma lembrança
empapada de orvalho
para que o tempo,
sol pagão,
ascenda como um diamante
ou como um clarão,
lanterna que me leve
ao fundo.
Forte abraço, admirado poeta!
Gostei muito do poema!
ResponderEliminarUm beijo e desejo-lhe um bom feriado:)
É isso, poeta...
ResponderEliminarA palavra limpa e clara que desperta emoções
que só o coração sente... assim é a poesia...
Grande abraço, Agostinho.
Muito bom.
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Gostei de reler este magnífico poema.
ResponderEliminarE acrescento que quando escrevemos nos vamos conhecendo melhor...
Bom fim de semana, caro Agostinho.
Abraço.
Muito belo o seu poema, Agostinho.
ResponderEliminarRealmente não existe relógio de palavras,uma cadência certa e repetitiva como o tempo regido por ponteiros.Nunca haverá um padrão certo para que se exprimam as emoções e aconteça poesia.
Um abraço.
Este poema comoveu-me, transportou-me para lá do tempo em que o silêncio impera e apenas se ouve o som do coração maravilhado. Felizmente o mundo e grande e lindo e momentos desses acontecem, basta que os olhos vejam e alma sinta. Um abraço Agostinho e que o sábado seja mais um dia calmo e inspirado para nós encantar.
ResponderEliminarQue bela forma de dizer como acontece a poesia!
ResponderEliminarE cura, sim!
Maravilhoso!
Beijinhos
Por vezes, nem as palavras conseguem ser perfeitas para traduzir estados de felicidade e de gratidão perante alguns momentos. Não foi o caso, Agostinho. Estas saudaram-te, beijaram-te e deram-te vida (ou vice-versa).
ResponderEliminarEstaquei, também, por momentos, no teu poema.
Bj