António Lobo Antunes, Até Que As Pedras Se Tornem Mais Leves Que A Água
nadir afonso |
no instinto lera em fogos ateados
por aqui e por ali a paixão
mas não amadurara ainda o tempo
a floração sabida na intuição
vi-me virgem ainda de flor
na mão liberta da adolescência
que viera de muito longe até mim
que era a subversão e o poder do
amor
vieram dias de loucura e medo
de criança verde e botas calçadas
onde me vi paradoxo de homem
articulado de incredulidade
corriam dias de loucura e medo e
no espanto arregalado de meus olhos
chegaram esp’rança e fraternidade
palavras novas prenhes que
ouvira
liberdade num povo da canção
que inda ouço mas não vejo a cada
Abril
hajota
Cravo mais um cravo vermelho neste chão
ResponderEliminarHá sempre dias de loucura e medo... mas também de esperança...
ResponderEliminarBeijos e abraços~
Marta
Não bastam os cravos na lapela, mas a revolução está feita. É renovar-se, fazer-se, criar-se. Assim não se perde a obra constituída!
ResponderEliminarUm forte abraço, meu amigo Agostinho!
"Vieram dias de loucura e medo" - foi mesmo isso. Mas foi tão deliciosamente bom!...
ResponderEliminarLindo poema de Abril. Obrigada.
Beijinho
Um dos mais belos poemas de Abril que li, Agostinho.
ResponderEliminarAquele abraço, bfds
A cada Abril reinventamos o sonho em que acreditamos para que não morra nunca...
ResponderEliminarUm magnífico poema cheio de memória e lucidez.
Um beijo, meu Amigo Agostinho.
é preciso inventar a esperança
ResponderEliminarno aroma de um cravo
gostei muito....
bom fim de semana.
bejinhos
:)
"liberdade num povo da canção
ResponderEliminarque inda ouço mas não vejo a cada Abril..."
permanece viva a Surpresa.
e a Esperança e a Fraternidade a luzir como Horizonte
muito belo teu Poema, caro Agostinho
forte abraço
Belo hino à pureza dos ideais de Abril.
ResponderEliminarResta-nos a Liberdade, e não é pouco!
"... canção que inda ouço mas não vejo a cada Abril"
Gostei muito do seu poema Agostinho.
ResponderEliminarContinuação de melhoras.
Abraço amigo.
~~~
Pelo sonho é que vamos. (Mas não basta...)
ResponderEliminarE a esperança é a última a morrer!
Belísimo, Agostinho!
É, vinte e cinco de abril e o cravo vermelho marcaram Portugal. Belíssimo poema, Agostinho! Parabéns! Grande abraço. Laerte.
ResponderEliminarQue bonito Abril :)
ResponderEliminarBoa noite
Belíssimo poema!
ResponderEliminarSim, viveram-se dias de muito medo e de total loucura. Que eu, por motivos particulares (familiares - meu marido era oficial do exército) vivi intensamente.
Mas... valeu a pena!
Os valores à data defendidos talvez necessitem de uma "abanadela"... Mas isso "são outros carnavais".
PS - Muito bom te ver (em duplicado...) no meu canto. Obrigada!
Bom Fim-de-semana
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarUm beijo, e não um vejo...desculpe Agostinho. Haja sol.
ResponderEliminarQuanto não custou a liberdade. Um poema muito belo que retrata na perfeição a coragem que substituiu o medo, pelo sonho de uma nação livre. Haja sol. Um beijo.
ResponderEliminarTão bonito este artigo incluindo a poesia =)
ResponderEliminarBjinhos
https://olharesedeslumbres.blogspot.pt/
Um hino a Abril sem abril...
ResponderEliminarLindo!
beijinho
Bem... de Abril... ficou a semente... caberá a todos, fazer a sua parte... e zelar pela manutenção, deste jardim de liberdade...
ResponderEliminarA liberdade... nunca é um direito adquirido... mas um processo, em constante desenvolvimento... precisamos de saber cuidar do que é nosso... e se calhar... temos vindo a crescer... nessa consciencialização... pode-nos faltar a esperança e a fraternidade, ainda hoje... mas Abril deixou-nos o sonho... agora há que acordar... e começar a pôr o sonho em acção...
Antes de Abril... nem o sonho haveria... apenas a previsibilidade de tudo se manter sem contestação... só o facto de podermos pensar alto... e expormos abertamente as nossas ideias... já foi uma conquista de Abril...
Adorei respirar Abril, por aqui... sempre bom respirar liberdade... também de pensamentos... antes de Abril... pensar... era um acto de coragem... pelo qual se pagava um preço demasiado alto...
Um belíssimo hino, Agostinho!
Beijinhos! Feliz semana!
Ana
Excelente poema de Abril.
ResponderEliminarParabéns pela inspiração poética das tuas palavras.
Continuação de boa semana, caro Agostinho.
Abraço.
MS valeu a pena todas as semente na poeira do medo .
ResponderEliminarA floração , essa, será sempre mais espantosamente colorida com o corromper das pedras nos passos de cada manhã
Que belo , Agostinho !
Beijinho !
Que bonito.
ResponderEliminarGostei de ler.
Há as referências, é bom que as haja, mas a vida ensina-nos que, se não plantarmos, não há flores que resistam para enfeitar a nossa satisfação. E ficamos sujeitos ao pão que o diabo amassou.
ResponderEliminarÉ bom ler-te, meu amigo, é bom ler alguém que se questiona, que se preocupa.
Grande abraço
Passando, apenas para deixar um beijinho, e os meus votos de uma excelente semana!...
ResponderEliminarAna
Oi Agostinho, passei o 25 de abril em Lisboa Um feriado sem cravos(floresceram? ou minguaram?),turistas visitando pontos estratégicos, tantos que aborreciam rs
ResponderEliminarEm mim pulsava uma liberdade_ que lindo'vasto mundo' Que linda Lisboa!
e que bom saber e ter amigos com uma verve poética especial. Obrigada muito obrigada .