Ruy Belo, "tu estás aqui"!
27fev1933 - 08ago1978 (...)
Belo,
apesar do peso da cinza
se fez árvore
Apesar da árvore
que se fez cinza
Ruy e Belo
hajota
Não li nem vi
isto isso ou aquilo
tão pouco sei se os olhos
já cansados têm cristalino decente
se viram este esboroar vice-versa
O que eu sei é que a gente entra
em casa
e a porta abre-se por si
atravessa-se ela em nós
divisão a divisão ou
então é a gente que se atravessa
sempre à pressa
Quando menos se espera
não se escolhe a altura
não se pensa na altura
está-se na porta dos fundos
dá-se um passo no escuro e
não está lá
a escada de serviço
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Seja bem regressado, Agostinho!
ResponderEliminarJá andávamos a sentir falta dos seus escritos.
É tão difícil aceitar a inevitabilidade das coisas. Esse passo no escuro… Sem pé perante a lucidez com que se entende o que se passa… É tão difícil esquecermos como eram verdes as mãos com que agarrávamos o tempo…
ResponderEliminarTemos o sul coberto de cinza e chamas. Não sabemos se, no milagre de cada manhã, haverá algum rio para nos purificar a sede…
Gostei muito do seu poema, meu Amigo Agostinho. Gostei de o ter de volta, aqui…
Um beijo.
Estamos sós...somos invisíveis... O Mundo esquece-nos...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Por vezes sós mas nunca isolados
ResponderEliminarOI AGOSTINHO!
ResponderEliminarA CADA PASSO, MAIS NOS APROXIMAMOS DESTA PORTA DOS FUNDOS, QUE PODE NEM ABRIR-SE PARA QUE A TRANSPASSEMOS.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Belíssimo... e tragicamente certo. Muito bonito e sempre com as palavras certas.
ResponderEliminarUm abraço amigo.
Meu caro Agostinhamigo II
ResponderEliminarRessuscitaste - o que me deixa encantado.
E com um poema como sempre inesquecível. dá-se um passo no escuro e
não está lá
a escada de serviço
A transcrição é absolutamente necessária para te agradecer o poema e a volta. Agora, também como sempre, fico à tua espera.
Um abração deste teu amigo e admirador
Henrique, o Leãozão
INFORMAÇÃO
Cumprindo uma “ordem” da Janitamiga está publicado na Nossa Travessa um textículo mais divertido com o título O meu nome é Batalhão. Na próxima sexta-feira espero retomar a saga É DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGOLÓIDE. A vida é feita de contrastes.
Agostinho,
ResponderEliminarO fato de termos coragem
de nos expressar
é um passo que vale
sempre.
Bjins
CatiahoAlc.
Na porta há misticismo!
ResponderEliminarHá enigma na porta.
Entrar? Será que comporta?
Estagnar ante o abismo?
Porta é mistério - cismo!
Além há uma rota torta?
Há abrigo que conforta?
Ou há um novo catecismo?
Sim, pela porta frente
Chegamos e de repente
Deparamos com a de trás!
Vida, e morte indiferente.
Quero agito e luz fremente!
Não quero, Agostinho, a paz...
Minha gratidão pelo belo poema que deixaste em meu espaço. Grande abraço, amigo Agostinho! Laerte.
Leio, sinto, apreendo-lhe o sentido,
ResponderEliminarmas é tão inevitável esse passo no escuro
que, agora que me sinto mais perto, prefiro afastar de mim
esse pensamento.
Entrego-me nas mãos do que tiver que vir e que não posso, não podemos, prever quando
nos irá falhar...a escada de serviço.
Gosto de Ruy Belo, gosto de cá vir e gosto de o ler, Amigo Agostinho.
Um beijo.
Ora ainda bem que está de regresso!
ResponderEliminarFeliz semana
Que a 'escada e serviço' esteja lá quando chegar a hora do salto,Agostinho.
ResponderEliminar_se estive perto de ti,(quando aí estive),prometo na próxima 'abalroar' em algum cais para materializar a amizade,
abraços da lis
A cada momento , um instante que traz a incapacidade de reação , a poeira que entorpece e obscurece a realidade.
ResponderEliminarNão há escada de serviço capaz !
Oportunissimo e belo poema , Agostinho
Um beijo
Nem sempre as escadas estão a nossa espera;
ResponderEliminarTemos que nos virar com o que tem.
Obrigada pela lembrança e visitar a casa fazia
um bom tempo que não te avistava por lá...
Bom final de semana.
PAZ E BEM
janicce.
Querido Amigo.
ResponderEliminarHá que ter força e coragem para não encarar
'a passagem' como um salto no abismo, mas
como parte de um percurso natural.
Não gosto de o ver tão nostálgico...
Reuna todas as forças para se pôr em forma.
Ainda em férias, passei para cumprimentar...
Grande abraço.
~~~~~~~~~
Belo post, coragem para enfrentar os desafios, se a escada não está, improvisemos a subida, menos saltar no escuro!
ResponderEliminarGrande postado!
Abraço!
Se puder visite o blog:
Lá tem poesia sem a vogal "A" lá o blog
https://preenchendootempo.blogspot.com/2018/08/estreito-e-escuro.html
Deve ser assustador quando não se encontra a harmonia que se espera.
ResponderEliminarGostei muito do poema. apesar do desassossego.
Beijinho. :))
Agostinho,
ResponderEliminarEste seu poema é ímpar: excelente, dorido e hipnotizante (o
sentir poético nos atravessa a alma...).
Faco a ligação deste sentir em relação ao meu País, que se
encontra sem "a escada de serviço", muito difícil...
Parabéns pelo poema.
O mundo é grande e nós tão pequenos. Gosto muito da poesia de Ruy Bello. Um abraço.
ResponderEliminarum poema que entendi tão bem...
ResponderEliminaràs vezes somos autómatos
e a vida é breve e desassossegada
beijinho
:)
Volta e meia, vinha aqui e... nada! Para meu desconsolo!
ResponderEliminarPassei a espaçar mais as espreitadelas... Até que, a dado momento, um pouco desiludido, as interrompi. (Mesmo um poeta cansa-se de sonhar, concedia...)
Hoje (graças a um certo espírito-santo-de-orelha) espreitei de novo e, bingo! Nada menos que duas crias, todas lustrosas e de orelhas arrebitadas!
Bem regressado sejas, Poeta!
Andamos pelas mesma ruas e pisamos as mesmas pedras, mas há sempre uma diferença... o segredo é este fazer tudo como se fosse a primeira vez e aclamar cada crepúsculo...
ResponderEliminarO poeta Ruy belo nunca se esvai...
Forte abraço, meu caro poeta!
Gostei de ler Belo.
ResponderEliminarDesejo que esteja bem e tenha feliz resto de Setembro
É isso mesmo... um poema que nos vem lembrar, o quanto tudo na vida, é tão efémero, frágil e precioso...
ResponderEliminarAdmirável poema... que nos obriga a reflectir... na firmeza, ou periclitância... do passo seguinte...
Beijinho
Ana