Em tempo de Páscoa, desejo aos amigos um caminho ousado, renovado a cada passo.
E que as margens nos contenham, não se entorne .a força de viver.
hajota
oooooOOOooooo
"Dai-me a casa vazia e simples onde a luz é preciosa. Dai-me a beleza intensa e nua do que é frugal. Quero comer devagar e gravemente como aquele que sabe o contorno carnudo e o peso grave das coisas."
Sophia de Mello Breyner Andresen, Dai-me (excerto inicial)
oooooOOOooooo
van gogh |
oooooOOOooooo
O Sol transpinta-se d’alva ao poente
o fogo vermelho sobe desce e esmaece
progressivamente arrefece
Os azuis acinzentam-se cansados
e o violino desce ao cais dolente:
homem
Tantos gestos repetidos pintados
desiguais na sedutora
melodia
dias meses anos sem parar:
o desafio dos mastros erguidos
telas enfunadas num sopro de partidas
e chegadas em torno do fio:
o ir e o voltar ao lar
hajota
Uma publicação sublime!
ResponderEliminarGostei da imagem, figurativa, contida no rio das nossas vidas que, por vezes, galga as margens fazendo transbordar as águas das nossas emoções.
Também aprecio a leveza subtil do que é frugal, como a Sophia.
Abraço com votos de saúde e harmonia.
Beijinhos, Amigo Agostinho
Muito, muito lindo!!!
ResponderEliminarBeijinhos poéticos.
Por ser aqui onde pertencemos...
ResponderEliminarLindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
No lugar onde o sol se cruza com os olhos do Poeta, rodopia o tempo da esperança, apesar dos "gestos repetidos. O "desafio dos mastros" devolve-nos o improviso de viver todas as coisas neste chão que é nosso…
ResponderEliminarGostei muito do poema, meu Amigo Agostinho.
Uma boa semana.
Um beijo.
Gostei bastante!
ResponderEliminarQue bom seria, se o céu fosse azul claro
Beijos e uma excelente semana.
Maravilha, Agostinho.
ResponderEliminarSedução num tempo de renovação.
Aquele abraço
Olá, Agostinho,
ResponderEliminarTudo em sincronia cumprindo o mesmo ritual desde sempre, o sol nasce e põem-se, o fogo espraia-se, as cores desbotam, a humanidade acha-se e perde-se num ritmo frenético, alucinante, deixando-nos a certeza de que assim seguirá.
Gostei, também, de Sophia de Mello e de Van Gogh – sempre.
Beijo, amigo, uma ótima semana!
Não há como comentar: é tudo real e poetizado duma forma
ResponderEliminarmuito bela e interessante.
Agradeço os bons momentos de leitura.
Gostava que desse o seu parecer sobre o meu soneto que
também canta o ocaso, o crepúsculo e a noite...
Tudo bom... mastro sempre em prumo...
A minha amizade num abraço.
~~~
retrato de muitas vidas!
ResponderEliminarum abraço, Agostinho
Gosto verdadeiramente desta "anarquia", sabiamente organizada, em que se cruzam cores e seus reflexos, palavras e um multiplicidade de sentidos, que confluem no mesmo destino - o eterno retorno matriz original.
ResponderEliminarou como o Poeta escreve - "num sopro de partidas e chegadas em torno do fio:
o ir e o voltar ao lar..."
forte abraço, caro Agostinho
Uma verdadeira pérola poética... que irei adorar exibir na minha praia, qualquer dia... com o respectivo link para aqui, pois claro... se não vir inconveniente, Agostinho!...
ResponderEliminarNão consegui chegar aqui a tempo da Páscoa, mas estimo que a mesma, tenha sido passada pelo Agostinho, de uma forma muito feliz, na companhia dos que lhe são queridos!
Beijinho! Bom final de domingo!
Ana
E como o mundo é grande! Gostei muito do poema!
ResponderEliminarBeijinhos.