sábado, 18 de janeiro de 2014

O tempo que vem



Um tempo que foi
tão nosso,
de ilusão e ternura,
de liberdade cercada
de tanto nada,
na fartura de pobreza
amolecida em reza.
Um tempo que foi
o nosso,
tão pleno de estio
seco ardentemente frio
nas mãos, nos pés,
no estômago vazio.

Por sorte o mesmo vem
lá, não nosso,
a outros pertence
que não sabem
do frio do inferno.


No inverno
agora, quem vence
é o sonho
da doce ternura
dum seio,
ainda perdura
nosso, 
do tempo de criança.

19abr2011
hajota




Sem comentários:

Enviar um comentário