segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Que dizer, mãe?



que dizer
do perfume trazido pelo vento
da saudade no lenço dobrado
a cheirar a jasmim?

que dizer
da firmeza da bola de sabão
moldada num sopro de mim
na esperança que o mundo
ali ao alcance da mão?

que dizer
dos rios marcados na face,
ontem, em ti,
dos rios na face rasgada,
hoje, em mim?

que dizer
das águas que afloram às janelas,
agora,
ao vibrar dum gemido,
no íntimo do eu?


07jan2014
hajota

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