vem virá verão
leve, levezinha, cirrus
leve, levezinha, cirrus
como no Verão se sente
o ar a subir e se pressente
cumulonimbus lá mais à frente
Por falta de gramática
e já agora de geometria
- fuja-se da simetria -
esboroa-se gelatina-se um poema
esboroa-se gelatina-se um poema
Um sério problema
uma pena (!)
uma pena (!)
Havendo-a
de faisão e com tinta
uma folha de papel
já é um bom começo
Pingam-se então gotas
de preto ou de céu
à discrição
Usa-se depois o adereço
que a pobre alma tem
o que mais convém
o que a propósito à mão vem
- calor dor ardor
paixão desilusão saturação
sussuros risos gritos ais (...)
e a matéria de que se moldam
as palavras - consoantes e vogais
e vírgulas e outros sinais
O ponto final põe-se no fim
no epílogo
Mais não digo
hajota
Um poema sem alma, não é poema.
ResponderEliminarEste tem-na!
Beijos, Agostinho,e votos de que estejas bem. :)
roadmap para chegar ao poema
ResponderEliminarassimétrico
desenhado por um Poeta
só pode dar certo
Experimento? Não experimento?
Logo, amanhã, quando tiver tempo!
Prometo!
Gostei do poema e da foto.
ResponderEliminarBom fim-de-semana:)
Agostinho,
ResponderEliminarO seu poema é muito bom. Engenhoso. Parabéns. :))
A foto é igualmente bonita.
Achei graça ao interlúdio.
Boas férias. :))
E a Grécia aqui tão perto a dardejar
ResponderEliminarMas este poema tem alma... Sente-se... Vê-se... E suspira-se...
ResponderEliminarPorque cada palavra é em si uma história...
Obrigada pela visita...
Beijos e abraços
Marta
enfim, se me permites substituiria o "faisão" (que, coitado, apenas o forno o salva!) pelas penas de "pavão" e o poema seria perfeito...
ResponderEliminar(usas muito bem as palavras - o que vai sendo coisa rara)
abraço
~~~
ResponderEliminar~ ~ ~ Gosto dos 'cirrus'...
~ Férias é sinónimo de luxo para os desempregados.
~~ Também gosto
da maneira como descreveu a construção do poema...
~~~ Abraço de amizade sincera. ~~~~~~~~~~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Um belo exercício poético
ResponderEliminarAbraço
Ah, que pena! Estava a gostar de aprender a fazer, a chegar a um poema, e pronto, mais não disse. Disse tudo, meu querido amigo, e muito, muito bem.
ResponderEliminarEscreve de forma mais-que-perfeita. Parabéns por essa sólida cultura.
Boas férias.
Digo eu - o Agostinho escreve de uma forma deslumbrante!
ResponderEliminarAquele abraço, boa semana
Inspirado, inteligente, cheio de ritmo. Lè-se com um sorriso nos lábios e o olho sempre à espreita de malabarismos verbais... Parabéns Poeta!
ResponderEliminarIsto de saber brincar com as palavras... :)
ResponderEliminarabraço
a foto foi bem escolhida para um poema muito bem construído e cheio de ritmo e perfeição.
ResponderEliminare o ponto nem sempre pode ser final...
gostei muito!
:)
A construção do poema, bem delineada neste poema... Às vezes o poema é também o que fica por dizer.
ResponderEliminarUm beijo, amigo.
Achei tão bonita essa imagem; que li o poema mas
ResponderEliminara ideia da construção dele foi parar em outro plano sei lá onde.
Bom começo de julho.
Janicce.
Eu também não vou dizer.;)
ResponderEliminarBela construção.
Beijinho.
Se seguirmos a receita
ResponderEliminarchegaremos lá, ao poema
Ao nosso.
Na escolha da palavra, um dilema
Poesia suspeita,
não sei se posso.
Para si Agostinho :)
Bom fim de semana.
Talvez também um pouco de imaginação
ResponderEliminarUm sonho desencontrado, pura ilusão
Um desejo, vontade de dizer em verso
Aquilo que na alma nasce disperso.
Boa tarde, poema maravilhoso que para o poeta é fácil de escrever, sua criatividade poética é fantastica.
ResponderEliminarAG
Como parece fácil contar a história de um poema.
ResponderEliminarLinda a tua poesia.
Beijinhos
Boa semana.
ResponderEliminarSe fosse só isto...
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