segunda-feira, 19 de maio de 2014

Incubadora do Lis



Tenho nas mãos as formas que há
no plástico corpo de argila soprada
ao crepúsculo da intenção iniciada
no cheiro molhado da primavera.

Encaracolada e esparsa na areia

à láctea claridade da noite aguarda
submissa o movimento que não tarda
a maré generosa e fecunda da ideia.





Do sentido crescente da ondulação
o ventre prenhe arredonda a margem
curva em melodias incríveis:emergem
do barro helénicos mitos da criação


hajota


   

      (fotografias de terracosesparsos.blogspot.com )

9 comentários:

  1. ~ Um poema sensível que, em inspirados e súbtis versos, nós dá uma bela aguarela sobre a criação artistica. ~

    ~ ~ ~ Boa e fecunda semana, poeta. ~ ~ ~

    ~ ~ ~ ~ ~ Abraço. ~ ~ ~ ~ ~

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  2. aguardemos, poeta,
    o movimento que não tarda
    a maré generosa e fecunda da ideia.

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  3. Gostei muito. Parabéns.
    Agostinho, vive no centro do país, no norte ou no sul?
    A fotografia é fantástica.
    Boa noite.

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  4. Meu amigo

    Desculpe entrar assim sem pedir licença, mas como gostei de tudo o que li, tomei a liberdade de seguir, para poder voltar mais vezes.

    Um beijinho
    Sonhadora

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  5. Palavras de carne e osso

    em viagem pelo sonho

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  6. tens nas mãos as formas
    nos dedos as letras
    a transbordar poema

    gostei!

    :)

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  7. E molda-se...escreve-se...é arte....
    Lindo...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  8. Palavras tão belas quanto as imagens...

    abraços

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  9. Voltei hoje aqui e descobri lampejos de cintilante inspiração e expressão estética.
    Parabéns, Hajota!

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