segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Broncas rotas e ajustamentos - Luís Filipe Meneses

Andam por aí a dizer tanta coisa que a gente não sabe em que acreditar. Não há crise?!

Recordam-se dum célebre congresso do psd em que os "sulistas" lhe cortaram as penas? Apesar desse episódio, em que saiu do palco em lágrimas, reincidiu, voltou à carga e conseguiu ver-se eleito presidente do partido em setembro de 2007, provavelmente com mira no lugar de primeiro-ministro. (Nero incendiou Roma? quem sabe se os ventos tivessem sido outros...) No partido trocaram-lhe as voltas (novamente os sulistas?) e enxotaram-no colocando no seu lugar Manuela Ferreira Leite em Abril de 2008.

O pediatra pegou na trouxa, mas não foi fazer urgências, regressou à Câmara de Gaia determinado a ficar na história: transformar a Bila Noba de Gaia numa cidade cosmopolita, na maior da cantareira, quiçá na capital do Norte, onde as plumas pudessem ser apreciadas em todo o seu esplendor. Por lá esteve três mandatos a fazer, a fazer, até que apareceu aquela chatice da limitação de mandatos autárquicos. Mas, qual quê, desperdiçar-se um crusted assim? Nem pensar!
Atravessa a ponte em direção aos Aliados, para reunir empenhos, de tal forma que foi candidato oficial do psd. Viu-se: os tripeiros deram-lhe uma banhada que desceu a água-pé.

O pior é que há coisas que ficaram a sujar-lhe o currículo e são difíceis de explicar. Como é que conseguiu acumular 300 milhões de dívida? É muita obra! Então basta a chamada “responsabilidade política” para sanar tamanho buraco? Foi coagido, quem sabe, com uma pistola apontada à cabeça, a assinar todos os papéis que lhe puseram à frente?

E o povo, ai aguenta, aguenta.


2 comentários:

  1. Mas o que é mais curioso é que ainda hoje só se fale na obra que fez.
    Com calotes desses eu também era capaz de "obrar"muito!!
    Aquele abraço e votos de boa semana!

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  2. Dizia a minha avozinha: desgovernado! desavergonhado!
    Obrigado.

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