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Um tempo que foi o nosso,
tão pleno de estio
seco, ardente frio,
as mãos, os pés,
o estômago vazio.
Um tempo que foi tão nosso
de ilusão e candura
de liberdade cercada
de tanto, nada
de fartura, de pobreza
amolecida em reza.
Por sorte o mesmo vem
lá, já não nosso,
a outros pertence
que não sabem
do frio no inferno,
o inverno.
Quem nos dera agora
o eflúvio, a baba do sonho,
a doce ternura
dum seio,
se ainda perdura
nosso, o tempo de criança.
tão pleno de estio
seco, ardente frio,
as mãos, os pés,
o estômago vazio.
Um tempo que foi tão nosso
de ilusão e candura
de liberdade cercada
de tanto, nada
de fartura, de pobreza
amolecida em reza.
Por sorte o mesmo vem
lá, já não nosso,
a outros pertence
que não sabem
do frio no inferno,
o inverno.
Quem nos dera agora
o eflúvio, a baba do sonho,
a doce ternura
dum seio,
se ainda perdura
nosso, o tempo de criança.
abr2011
hajota
A poesia brota de ti com uma naturalidade que até doi...
ResponderEliminarE que conteúdos...
Em nós existe sempre a criança que fomos.
ResponderEliminarCom vivências muto especiais, que nos definiram para toda a vida.
E todos precisamos, uma vez por outra, de colo.
~ ~ O poema choca pelo realismo, pelas carências que aponta, numa vida tão tenra ~ ~
Está-lhe mesmo no ADN esse dom, Agostinho.
ResponderEliminarExcelente!!
Obrigado.
ResponderEliminar.