terça-feira, 3 de junho de 2014

Desencantos noturnos

http://umjeitomanso.blogspot.pt/

 

Escorro a cal das palavras

tão docemente deitadas

na cama dura do poema

onde está a raiz da pena.


Olho a gaivota a romper

o turbilhão de espuma

já na fímbria do alento. 


Quem sabe dos barcos

a subir na maré

aos olhos da madrugada?


Um sussurro pode ser

inconciliável ruído

a rasgar desprevenidos

na inocência da noite.




hajota

7 comentários:

  1. "Quem sabe do barcos
    a subir na maré
    aos olhos da madrugada?"

    Inspirado! Sublime!
    O Sr. Hajota é um caso sério!

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  2. com a candura das palavras simples, um poema dos mais belos que li da tua autoria.

    gostei muito, apenas falta a imagem de um barco, mas isto sou eu que digo, não é relevante.

    muito obrigada por esta partilha tão bela.

    um beijo

    :)

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  3. ~ As estrofes são belas, mas não entendo minimamente a coerência que há entre elas.
    ~ Só pode ser burrice minha...

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    Respostas
    1. Se mirar, mais afastada do quadro, verá quem sabe, valquírias.

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    2. Falta uma vírgula: ..., verá, quem sabe...

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  4. Esse sussurro da brisa que rompe juntamente com a gaivota a madrugada....
    Um novo dia...
    Lindo...
    Beijos e abraços
    Marta

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