terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Amigos

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No ocaso da vida
chega a liberdade de ser
alma sem eira nem beira,
passar a salto a fronteira
com o céu no peito a crescer
onde estive estou e estarei.
fora do tempo?
não importa, não é meu,
basta o que Deus me deu:
a certeza do vento e do sol.
e, se me deito à noite a sonhar,
a felicidade
de ficar encharcado de saudade:
tantos olhos a brilhar!


hajota

7 comentários:

  1. A sua veia poética é simplesmente excepcional, Agostinho

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  2. As memórias também já me assaltam, uma vez por outra, deixando-me os olhos marejados, apesar de não ser saudosista.
    O poema é tocante, para quem entende estes ocasos.

    ~ ~ ~ Um dia verdadeiramente bom e bem aproveitado. ~ ~ ~

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  3. Este é excepcional, Agostinho!
    Está inteiro e tem tudo o que deve ter e nada mais!
    Parabéns!
    FF

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