terça-feira, 22 de abril de 2014

Qual chuva?

fonte: Wikipédia



A gente na esperança verde
que o céu se abra e mate,
e mate a sede
à côr do monte que não espirra
à sementeira no campo perdida.
A gente aspirando o eflúvio
da natureza-pirra
salva num dilúvio
do sangue da vida.

O satélite no espaço vê
chuva na quinta, 
afiança a senhora da tv.

A gente num ardor de fé,
igreja cheia, um sufoco
de maresia de sal, um polé,
para remissão dos pecados
o padre, de gesto diácope,
asperge o hissope
em pingos benditos.

Qual chuva?
Uns borrifos!

hajota

8 comentários:

  1. Uma dedicatória ao Dia da Terra?
    Aquele abraço e votos de boa semana!

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  2. Foi escrito numa primavera particularmente seca.
    Obrigado, Pedro.

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  3. Às vezes os dias de chuva são "catalogados" por quem não sabe nada de paixões...
    Um abraço, amigo.

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    Respostas
    1. Verdade, paixões que nem a chuva esmorece.
      Obrigado Graça. Que nos intervalos haja sol para iluminar o caminho.

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  4. em dia da terra falemos do seu alimento.

    a chuva!

    belo poema.

    beijo

    :)

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