Barrigas coladas às costas,
farejando, olhos faróis
nos labirintos libidinosos
da mente
traçando o rumo certo,
do bater forte do coração
jorram energias de alta tensão.
Adivinham botões de flores
por montes e vales
profundos,
lagos de húmidos suores,
e o ferver de vulcões
explodindo tremores.
Os lobos famintos
caçam em jogos instintos,
caçam em jogos instintos,
esgalgados,
de negros olhos pisados,
vagueiam em deambulação
permanente
em mente
a posse da presa mais bela.
Cabelos d’ oiro, peles tostadas
aveludadas
A carochinha tem
as mais belas
as mais olhadas
as mais desejadas
quem dera tê-las…
A carochinha tem
os lobos de barrigas coladas,
esgalgados,
negros olhos pisados.
2010
hajota
As matilhas, devoram devoram
ResponderEliminarMas continuam famintas,
as matilhas
Uma só carochinha para uma matilha de lobos!
ResponderEliminarNem para a cova de um dente. Ainda se fosse o capuchinho vermelho...
Mas que importa isso ao Poeta?
E o que para aí há de lobos, Agostinho.
ResponderEliminarCada vez menos com pele de cordeiro.
Aquele abraço e votos de boa semana!!
Agostinho,
ResponderEliminarÉ muito estranho este seu poema mas casa muito bem com a nossa realidade, infelizmente.
Boa noite!:))
Um poema muito interessante a glosar uma história infantil. Há lobos famintos por aí a vaguear esperando as "carochinhas" indiferentes à vida ou desatentas de tudo o que podem ver os seus olhos antes de serem "negros olhos pisados".
ResponderEliminarBeijo e Boa Páscoa.