domingo, 20 de abril de 2014

O careca

http://www.dementia.pt/carecas-engracados/



Arruma a calvíce pêlo a pêlo,
que cabelo… nem vê-lo.
Naquele que persiste
reside a dignidade, a segurança,
a salvação do ego.







Os olhos que na cabeça moram
no engano conservam firme esperança,
porém, o pente
espantado vacila, de repente
na orelha tropeça onde sobra melena
que engana os olhos de dentro.




Claro que todos veem
na evidência do luar
belo, liso, brilhante,
as  farripas do careca
cativas num cuspo de laca:
um quadro hilariante!



hajota

4 comentários:

  1. Lembra, um poema ouvido
    enquanto menino
    não de calvíce falado
    mas de um enorme toucado

    teu estilo
    lembra o Nicolau Tolentino

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    1. O que me motivou foi uma pessoa concreta, com que me "meto" de vez em quando desafiando-o a cortar a "cabeleira".

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  2. sorri e gostei.

    mas, dizem que é dos carecas que elas gostam mais.

    :)

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    1. Esse é o ditado popular que estará alinhado com antigos conceitos de fiabilidade e infalibilidade nas escolhas amorosas: se a donzela escolhesse um velho tinha homem para sempre com garantia de fidelidade (?).

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