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Nada
tinha a ver, que se soubesse,
com a
terra dos yes
e o Camões
de sua majestade.
Veio ao
mundo deserdado,
pincelado
de café.
A
madrugada o pariu
mas a mãe
de verdade,
tão crente
na sua fé,
logo
que o viu,
para
ele pediu sorte
aos
santos de sua devoção.
Não
tendo valor que lhe desse,
talvez
por inspiração celeste,
decidiu:
vais chamar-te Hamlet!
Logo
que o sol surgiu
fez-se
gente, de repente
na rua
ganhou vantagem
fez-se
estrela brilhante
no
curso de vadiagem.
Entre a
tribo do calção,
se
tinha a bola nos pés
o rapaz
tinha um condão,
não
havia quem lha tirasse
mesmo
que fossem dez.
Ai, fogo, Hamlet, jura mesmo
c’o sangue de Cristo,
é
brinca n’areia, desisto.
2010
hajota
Ser ou não ser Hamlet, não é questão nenhuma.
ResponderEliminarA verdadeira questão é que o rapaz que veio ao mundo pintado de café e a quem a mãe, por inspiração celeste, chamou Hamlet, era um artista!
Poema exacto, cheio de ritmo e graça! Parabéns, Hajota!
Se o Hamlet da bola tivesse hoje vinte anos seria um bem transacionável cobiçado por agentes e clubes a proporcionar ganhos de milhões aos tais.
EliminarObrigado pela apreciação.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarA estória é real, passada há um ror de anos, quando os jogadores se contentavam, no final dos jogos, com coca-colas e sanduiches. Apenas os melhores levavam uma nota ou duas ao fim do mês.
EliminarObrigado pelo comentário.
BFS
~ Eu que pensava que o poema era recente!
Eliminar~ Gosto de poemas que contam uma história.
~ Esteve no Brasil, Agostinho?
~ ~ Um bom fim de semana. ~ ~
~ ~ ~ O melhor possível. ~ ~ ~
Recente 2010. Memória de estória com muitos anos. África.
ResponderEliminarFDS com sol.