Dulcinea de Salvador Dali |
era uma força abrasadora da
natureza.
com passos gemidos descia a rua em
tangos
de movimento arrastado.
uma exaltação de saturada beleza,
do peito brotavam morangos
num balouçar ritmado.
o rapaz, encostado à esquina do desejo
de olhos assestados no refluxo
daquele poema de luxo,
sentia o cavalo a galope o sangue
a ferver,
suspenso, em apneia
do perfume de
dulcineia.
2011
hajota
Este poema faz-nos visionar a protagonista, Agostinho.
ResponderEliminarAquele abraço e votos de bfds!
Bela Vista, Pedro Coimbra, bela vista.
EliminarUm epigrama a fazer lembrar o mestre Bocage!
ResponderEliminarOra, ora, o Zé Maria era um portento. Obrigado.
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