sexta-feira, 14 de março de 2014

O tédio na ribeira das naus


o brilho indigente dos marinheiros
O Grito - Edvard Munch - versão de 1895 
http://obviousmag.org/
marcado nos fundilhos vidrados
é labor de dias inteiros
cheios de nada fazer, pasmados.

a  desesperança medra 
como peste, do tédio na ribeira das naus
tal como  a miséria escrava
num tugúrio de Bangladesh.

os bancos avaramente
cobram em juros os ossos
cansados da crise inerente
ao ajustamento. só destroços,

vidas perdidas,  repetidas
numa sucessão fatal 
sem estrela polar.


hajota


6 comentários:

  1. ~ Um canto oportuno mas demasiado redundante e lúgubre para o meu gosto.

    ~ Um belo poema que merecia uma nota de esperança ou de fé.

    ~ Diz o povo:

    ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ""Não há mal que dure, nem ... "" ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~

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  2. Respostas
    1. Obrigado pela visita e apreciação.
      Boa semana de trabalho.

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  3. Eu cá, acho o máximo, Agostinho. Cáustico, mas, infelizmente, realista...
    E um excelente poema!

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