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um
rumorejar à porta
deixa-me
os sentidos despertos.
ponho o
ouvido alerta,
levanto-me
e os degraus desertos.
inquieto,
vou à sala ao lado ver.
pareceu-me
ouvir alguém
e o
vazio que há nela a responder:
não, não
há ninguém.
entro agora no quarto,
o teu
cheiro subtil permanece
a
evoluir num novelo farto.
deito-me
na cama e parece…
os
teus cabelos desgrenhados
da noite fazem-me cócegas. espreito
os
lençóis, apago a luz e do escuro focados
dois olhos. sinto-os acender meu peito.
hajota
~
ResponderEliminar~ Não percebo se existe uma companhia real ou se é apenas uma quimera...
~ É que a estrofe está precedida por ""parece...""
~ Agradeço que me elucide.
O título sugere episódio de ausência (vazio).povoado de sensações vividas.
Eliminar~ É um poema muito belo e bem elaborado, Agostinho.
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