segunda-feira, 3 de março de 2014

História de embalar

picasso_paul_drawing

Por que razão ou sorte
  tu – eu - bates à porta?
mão morta mão morta ...
um tempo distante
que presente faço.
em súplica de mel
subindo ao regaço
numa sedução irresistível,
irrecusável
de menino, tu, e eu quase velho
à espera duma história
do fundo da memória
vai bater àquela porta...


tu, ontem, quem está lá?
eu, amanhã haverá?
mão morta vai...





2011
hajota

8 comentários:

  1. Mão morta vai bater àquela porta
    Tantas vezes que ouvi isso em garoto!!
    Aquele abraço e votos de boa semana!

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    1. Com histórias e brincadeiras destas muita gente se fez homem.
      Boa semanada!

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  2. Sublime, Agostinho. Tão repassado de nostalgia...
    (Se me permites o reparo, o "Porque" inicial tende a ser "Por que"

    Abraço!

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    1. Obrigado, Sincera-mente! O espacinho já lá mora para que a coisa fique precisa.

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  3. Memórias de infância bem trabalhadas.
    Gostei muito.
    Boa noite!:))

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  4. ~ Haverá muitos amanhãs, Agostinho!
    ~ Pensamento positivo!

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    1. Há muitos, Majo. Para uns há risos, para outros, fatalmente, há choro. É a dualidade da vida. O tempo chato e persistente deste inverno plúmbeo dilui as peles brancas de tanta gente e esvazia-lhe a vontade de viver. Que sentirão milhares de pessoas a viver com os ratos neste país? O que me calhará amanhã?, pergunta quem dorme deitado no frio dos desvãos.
      Mas há sempre uma esperança nas flores que vão surgindo por aí.

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