sábado, 1 de março de 2014

Águas



As margens definem o ser
que das águas cruza a fronteira,
em águas se rompe inteira
a paixão e o sonho de ter
o mundo, na aventura
de rasgar a terra, dura
esperança de vencer
a torrente de águas
que nascem das mágoas
sentidas por todo o ser.


2011
hajota




3 comentários:

  1. ~ Um poema forte, melancólico e sentido, acompanhado por uma ilustração espetacular.
    ~
    ~ Brilha o bom gosto. ~

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  2. Sente-se o teu espírito de velho migrante.
    Concordo com Majo: a foto que ilusta o poema é tão intensa como ele...

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  3. Obrigado aos dois. A fotografia vale muito, muito mais. Tem a marca de Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro, grande entre os maiores deste mundo. Por lapso, não tinha ainda referido o autor.

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