(António Ramos Rosa)
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O poeta esqueceu-se da rua onde morava.
sem dizer por onde ia, escapava
à noite em vícios de liberdade
pelas janelas abertas da cidade.
de pés nus coreografava
em explosões inauditas de lava
palavras com sentido de verdade,
reduzia a cinzas a vacuidade
inútil e crava.
só os incautos puros amava.
cuidam que se foi o vulcão.
o basalto quente vertido
nas ruas que habitou
espera pés virgens que sigam
puros as linhas que cantou.
hajota
~ ~ ~ ~ Poeta, o teu canto esrá muito expressivo. ~ ~ ~ ~
ResponderEliminar~ ~ Perspicácia numa elegante e delicada homenagem. ~ ~
Obrigado, Majo, pelo seu comentário.
Eliminarao Poeta, tudo é permitido...
ResponderEliminarbelo poema!
:)
Gosto da poesia do Ramos Rosa. Por ocasião da notícia da sua morte escrevinhei e guardei no fundo da gaveta.
EliminarObrigado, Sol, pelo comentário.
Muito subtil. Bela homenagem a um grande poeta!
ResponderEliminar(Na nona linha é mesmo "crava"?)
Crava de réptil pendura.
EliminarObrigado.